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Kiev anuncia cessar-fogo permanente no leste da Ucrânia

Segundo Peskov, presidente da Ucrânia, as visões dos dois lados sobre as possíveis vias para sair desta grave situação de crise são bastante coincidentes


	Petro Poroshenko e Vladimir Putin: "se alcançou um entendimento mútuo sobre os passos a seguir que ajudarão a estabelecer a paz", diz nota
 (Sergei Bondarenko/AFP)

Petro Poroshenko e Vladimir Putin: "se alcançou um entendimento mútuo sobre os passos a seguir que ajudarão a estabelecer a paz", diz nota (Sergei Bondarenko/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 06h41.

Kiev - A presidência da Ucrânia anunciou hoje que se chegou a um acordo de cessar-fogo permanente no leste do país após a conversa por telefone que tiveram esta manhã o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, e seu colega russo, Vladimir Putin.

"O resultado da conversa foi um acordo sobre um cessar-fogo permanente no Donbass (região que abrange as rebeldes regiões de Donetsk e Lugansk)", assinala um comunicado publicado no site oficial da presidência ucraniana.

A nota ressalta que "se alcançou um entendimento mútuo sobre os passos a seguir que ajudarão a estabelecer a paz" na região do conflito armado.

Pouco antes, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, antecipou que os dois líderes "trocaram opiniões sobre o que é preciso fazer em primeiro lugar para pôr fim o mais rápido possível ao derramamento de sangue no sudeste da Ucrânia".

Peskov assegurou que "os pontos de vistas dos presidentes sobre as possíveis vias para sair desta grave situação de crise são em grande medida coincidentes".

O anúncio do acordo sobre o cessar-fogo acontece no meio de uma bem-sucedida contra-ofensiva das milícias pró-russas no leste do país, que em pouco mais de uma semana recuperaram dezenas de localidades controladas pelas forças de Kiev e abriram uma terceira frente no sul da região de Donetsk.

Além disso, o acordo chega às vésperas de a União Europeia aprovar uma nova rodada de sanções contra a Rússia por causa de sua crescente intervenção na crise da Ucrânia. 

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