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Kiev acusa rebeldes da Ucrânia por morte de 3 em ataque

Anúncio das maiores baixas de Kiev em vários dias mostrou a fragilidade do cessar-fogo acordado há duas semanas


	Membros das Forças Armadas da Ucrânia, em Artemivsk: os dois lados se acusam diariamente de violar a trégua
 (REUTERS/Gleb Garanich)

Membros das Forças Armadas da Ucrânia, em Artemivsk: os dois lados se acusam diariamente de violar a trégua (REUTERS/Gleb Garanich)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2015 às 11h39.

Kiev - Três militares ucranianos foram mortos e nove ficaram feridos quando rebeldes pró-Rússia bombardearam posições do governo, apesar do acordo de cessar-fogo, disseram as Forças Armadas nesta terça-feira, ao anunciar as maiores baixas de Kiev em vários dias.

As perdas ressaltam a fragilidade da trégua de duas semanas, que o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, classificou como a última chance de paz entre Kiev e os separatistas, que ele afirma estarem sendo armados pela Rússia.

Desde que o cessar-fogo entrou em vigor, no dia 15 de fevereiro, os combates diminuíram ao longo de grande parte do fronte de batalha entre a Ucrânia e os territórios controlados pelos rebeldes no leste ucraniano, mas os dois lados se acusam diariamente de violar a trégua.

Um porta-voz militar afirmou que os separatistas alvejaram posições ucranianas 22 vezes ao longo do último dia.

“Foi observada uma intensificação das operações militares do inimigo na noite de 2 de março. Eles atacaram Pesky com morteiros e Avdiivka com um sistema anti-aéreo”, disse Anatoly Stelmakh, citando duas cidades que sofreram grandes danos no conflito.

A violência levou a uma deterioração nos laços entre a Rússia e o Ocidente semelhante à da Guerra Fria, e Washington e Bruxelas acusam Moscou de armar os separatistas e reforçar suas forças com soldados russos.

A Rússia vem negando reiteradamente as alegações e exigiu provas das acusações. Moscou tem culpado os Estados Unidos por forçar o governo pró-ocidental de Kiev a lutar contra seu próprio povo.

A perpetuação da violência, que inclui a tomada rebelde de um entroncamento ferroviário estratégico em Debaltseve, freou a implementação do novo acordo de paz firmado em Minsk, capital de Belarus, que delineia o cessar-fogo, a retirada de armamento pesado e o monitoramento da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

O Ocidente depositou suas esperanças no pacto de Minsk, e o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, declarou em uma coletiva de imprensa em Bruxelas que, embora “incidentes” continuem a ocorrer, o quadro geral mostra que a trégua está sendo mantida.

“É importante que todos os lados respeitem seus compromissos e que os separatistas apoiados pela Rússia não aproveitem estar pausa nos combates  para se prepararem para uma nova ofensiva”, disse.

Na segunda-feira, os líderes de Alemanha, Ucrânia e França afirmaram concordar que a OSCE precisa ter um papel mais abrangente como observadora do cessar-fogo e da remoção das armas.

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