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Ki-moon saúda formação de governo iraquiano

Secretário-geral da ONU encorajou primeiro-ministro indicado Haider al-Abbadi a formar governo de base ampla que seja aceito por todas as parcelas da sociedade


	Ki-moon: porta-voz disse que Ban pede fortemente aos partidos que continuem calmos
 (Safin Hamed/AFP)

Ki-moon: porta-voz disse que Ban pede fortemente aos partidos que continuem calmos (Safin Hamed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 16h03.

Nações Unidas - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, saudou o progresso na formação de um novo governo no Iraque e encorajou o primeiro-ministro indicado Haider al-Abbadi a formar um governo de base ampla que seja aceito por todas as parcelas da sociedade.

O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse nesta segunda-feira que Ban pede fortemente aos partidos políticos que permaneçam calmos e respeitem o processo constitucional.

Dujarric afirmou que o secretário-geral está preocupado com o fato de as tensões políticas estarem altas e com a ameaça do grupo militante sunita Estado Islâmico, que agora controla grandes porções do oeste e do norte do Iraque, o que "poderia levar o país a uma crise ainda mais profunda".

"O povo do Iraque merece viver num país seguro, próspero e estável, no qual todos os grupos, incluindo minorias religiosas e étnicas, possam contribuir de forma significativa", afirmou Dujarric.

Mas o fato de o novo presidente do Iraque, Fouad Massoum, ter nomeado Haider al-Ibadi, vice-presidente do Parlamento, como o novo primeiro-ministro do país elevou os temores sobre novas lutas internas, no momento em que o país enfrenta a ameaça de militantes sunitas.

Em discurso transmitido pela televisão, Massoum deu a Al-Ibadi, que foi escolhido por uma coalizão de partidos políticos xiitas, 30 dias para formar um novo governo e apresentá-lo para aprovação parlamentar.

A cerimônia aconteceu horas depois de o atual premiê, Nouri al-Maliki ter feito um discurso surpresa à meia-noite acusando Massoum de impedir sua nova nomeação como primeiro-ministro e de realizar um "golpe contra a Constituição e o processo político".

O partido de Maliki, o Dawa, fez um anúncio na televisão rejeitando o novo indicado, dizendo que ele não tem o apoio da legenda.

"Al-Ibadi representa apenas a si mesmo", disse o porta-voz do partido, Khalaf Abdul-Samad, cercado por outros integrantes da legenda, dentre eles Maliki. Associated Press.

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