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Kerry segue com negociações no Afeganistão sobre eleições

Estados Unidos querem que o Afeganistão tenha um chefe de Estado e um governo de união nacional quando ocorrer a cúpula da Otan, em setembro

O secretário de Estado americano, John Kerry (d), em um encontro com o candidato à presidência do Afeganistão, Ashraf Ghani Ahmadzai (Massoud Hossaini/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry (d), em um encontro com o candidato à presidência do Afeganistão, Ashraf Ghani Ahmadzai (Massoud Hossaini/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 08h53.

Cabul - O secretário americano de Estado, John Kerry, estava nesta sexta-feira no Afeganistão para pressionar os dois candidatos presidenciais para que resolvam a disputa eleitoral antes da cúpula da Otan em setembro.

Os Estados Unidos querem que o Afeganistão, a quem fornece um grande apoio militar e financeiro, tenha um chefe de Estado e um governo de união nacional quando ocorrer a cúpula da Otan, nos dias 4 e 5 de setembro em Gales.

Os americanos temem os riscos de instabilidade política neste país que vive sob a ameaça de uma insurreição dos talibãs, a poucos meses da retirada das forças da Otan, prevista para o fim do ano.

Kerry chegou na quinta-feira à capital afegã e se reuniu nesta sexta-feira com o presidente em fim de mandato, Hamid Karzai, em uma atmosfera tensa. Depois conversou com os dois candidatos, Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani, com os quais já havia se encontrado na véspera.

Até o momento não foram feitas declarações, mas no início da tarde está prevista uma coletiva de imprensa de Kerry em Cabul, antes que viaje em direção a Mianmar.

Kerry fez uma primeira visita urgente a Cabul em julho, devido às fortes tensões entre os dois partidos, e alcançou o acordo de Ghani e Abdullah para realizar uma auditoria integral de 8,1 milhões de votos do segundo turno da eleição presidencial para descartar uma fraude.

Na quinta-feira entre 4 e 5 mil urnas em um total de 23 mil já haviam sido inspecionadas.

A poucos meses da retirada das tropas da Otan, prevista para o fim deste ano, os provedores de fundos estrangeiros que apoiam o frágil governo afegão esperam a chegada ao poder de uma nova equipe legítima para reduzir os riscos de instabilidade.

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