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Kerry pede que presidente sírio se comprometa com a paz

Kerry advertiu que se Bashar al Assad não estiver disposto a negociar, os Estados Unidos aumentarão o apoio aos insurgentes

O secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry ressaltou que o importante agora é implementar os acordos da primeira reunião de Genebra. (REUTERS/Muhammad Hamed)

O secretário de Estado americano, John Kerry: Kerry ressaltou que o importante agora é implementar os acordos da primeira reunião de Genebra. (REUTERS/Muhammad Hamed)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2013 às 14h45.

Amã - O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu nesta quarta-feira ao presidente sírio, Bashar al Assad, que se comprometa a conseguir a paz e advertiu que, se não estiver disposto a negociar, os Estados Unidos aumentarão o apoio aos insurgentes.

Em entrevista coletiva em Amã, onde acontece a reunião do grupo denominado Amigos da Síria, Kerry ressaltou que se não for realizada a segunda conferência de Genebra, proposta por Washington e Moscou para sentar à mesa de negociações o regime e a oposição, a violência se recrudescerá na Síria.

"Se não pudermos usar essa via para avançar, se o regime de Assad for reticente em negociar (os acordos de Genebra de junho) de boa fé, nós falaremos também de nosso apoio crescente à oposição para permitir que continue sua luta pela liberdade", advertiu o chefe da diplomacia dos EUA.

Kerry ressaltou que o importante agora é implementar os acordos da primeira reunião de Genebra e criar um governo de transição com plenos poderes executivos.

O representante da Casa Branca reconheceu que essa via é "complexa" e que "é preciso conseguir um equilíbrio entre os diferentes interesses, mas ressaltou que estão comprometidos a unificar posturas para que o executivo seja formado.


Kerry se mostrou disposto a "explorar todas as possibilidades" nesta conferência de Amigos da Síria, que - lembrou - pretende estabelecer os fundamentos para a reunião de Genebra, para a qual ainda não foi definida data, mas que provavelmente vai acontecer no próximo mês.

Na entrevista coletiva, com chefe da diplomacia jordaniana, Nasser Yudeh, Kerry insistiu que o objetivo é frear o derramamento de sangue na Síria e que na chamada Genebra 2 será estudado como realizar a transição sobre o estipulado o ano passado na cidade suíça.

Interrogado pelo papel de Assad nessa transição, Kerry se perguntou se alguém que assassinou mais de 70 mil pessoas e usou tanques e mísseis contra mulheres e crianças, entre outras ações, tem legitimidade para dirigir seu país.

Sobre a regionalização do conflito, afirmou que o apoio ao regime sírio no terreno do grupo xiita libanês Hezbollah e do Irã está "contribuindo significativamente para a violência".

"O papel do Hezbollah é destrutivo", disse Kerry, que acrescentou que esses apoios externos fomentam "as tensões sectárias e perpetuam a campanha de terror do regime contra seu povo".

Na reunião de hoje na Jordânia, estão presentes EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar, assim como o presidente interino da Coalizão Nacional Síria (CNFROS), de oposição, George Sabra. 

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