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Kerry pede que Europa "acredite em si mesma" contra populismo

"Nenhuma região, nenhuma assembleia de países no planeta cresceu de maneira tão grande e poderosa como a Europa", reforçou Kerry

John Kerry: "(A Europa) Tem que reconhecer que a razão pela qual as pessoas se uniram não foi puramente econômica, mas para evitar que europeus matem europeus e impedir guerras" (Ruben Sprich/Reuters)

John Kerry: "(A Europa) Tem que reconhecer que a razão pela qual as pessoas se uniram não foi puramente econômica, mas para evitar que europeus matem europeus e impedir guerras" (Ruben Sprich/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2017 às 17h43.

Davos - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, pediu nesta terça-feira à Europa que "acredite em si mesma" perante as forças populistas e aqueles que desejam ver uma União Europeia (UE) dividida.

"Minha mensagem à Europa é que a Europa tem que acreditar em si mesma. Tem que lembrar por que esteve nesse caminho durante 70 anos. Tem que reconhecer que a razão pela qual as pessoas se uniram não foi puramente econômica, mas para evitar que europeus matem europeus e impedir guerras", disse Kerry em um debate do Fórum Econômico Mundial em Davos.

"E funcionou", acrescentou. "Nenhuma região, nenhuma assembleia de países no planeta cresceu de maneira tão grande e poderosa como a Europa, com padrões de vida que melhoraram significativamente, com uma segurança reforçada e onde há comércio", reforçou.

"Foi um processo assombroso", completou o ainda chefe da diplomacia americana, que foi questionado sobre as declarações do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, sobre o futuro da Europa e da Otan e pela incerteza que suas afirmações criam em alguns países, em parte da sociedade e na elite de Davos.

Trump qualificou o "Brexit" - a saída do Reino Unido da UE - de "grande negocio" e opinou que outros países devem sair do bloco.

Também tachou a Otan como "obsoleta" e se pronunciou contra grandes acordos comerciais internacionais.

Kerry disse que alguns culpam de maneira equivocada o comércio por seus males, ao afirmar que este "não é o maior culpado da perda de empregos", dado que nos EUA, por exemplo, "85% dos postos de trabalho foram destruídos pela tecnologia".

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