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Kerry pede defesa "constante" da democracia e de direitos humanos

Ele fez a apelação aos valores na "crise em e ao redor da Ucrânia", sem mencionar, mas apontando para a Rússia

John Kerry: o secretário de Estado advertiu sobre "o perigo do populismo autoritário" (Francois Lenoir/Reuters)

John Kerry: o secretário de Estado advertiu sobre "o perigo do populismo autoritário" (Francois Lenoir/Reuters)

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EFE

Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 10h02.

Hamburgo - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, defendeu nesta quinta-feira defender "constantemente" os princípios democráticos, os direitos humanos, a soberania nacional e a integridade territorial frente as ameaças contra a estabilidade e a segurança.

Em seu discurso no conselho da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (Osce), realizado entre hoje e amanhã em Hamburgo, Kerry fez esta apelação genérica aos valores na "crise em e ao redor da Ucrânia", sem mencionar, mas apontando para a Rússia.

"Nossa segurança coletiva está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e aos direitos humanos fundamentais. Estes princípios atemporais, literalmente, não podem ser dados por supostos e devem ser defendidos constantemente", afirmou.

Kerry, que advertiu sobre "o perigo do populismo autoritário", pediu para não se acostumar com a erosão dos valores democráticos e liberdades fundamentais, porque cada passo neste sentido é "uma feia pedra a mais no caminho rumo à tirania".

O político americano destacou a importância também da liberdade de imprensa e da transparência das instituições em tempos "incertos" nos quais a corrupção e o autoritarismo aumentam, o direito se debilita e as notícias falsas se multiplicam.

O secretário de Estado, em sua última viagem pela Europa, denunciou a ocupação da Crimeia e o "tremendo custo humano em ambos os lados" do conflito no leste do país.

Olhando para Kiev, lembrou que há também um "campo de batalha decisivo" na construção de uma "democracia saudável", na "luta contra a corrupção", na implementação de reformas políticas e na constituição de um "Estado de direito".

O conselho anual da Osce começou hoje com Síria e Ucrânia como principais pontos da agenda e nele vão participar cerca de 50 responsáveis das Relações Exteriores, entre os quais se encontram, além de Kerry, os ministros russo, Sergei Lavrov, e espanhol, Alfonso Dastis.

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