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Kerry mostra abertura para normalizar relação com Venezuela

Apesar da disposição, o secretário de Estado dos EUA lamentou que o governo de Maduro tenha aumentado a pressão sobre a imprensa e grupos da oposição


	O secretário de Estado americano, John Kerry: ele pediu mais abertura para a opinião das pessoas
 (AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: ele pediu mais abertura para a opinião das pessoas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2013 às 06h03.

Washington - O Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, se mostrou preocupado com a falta de voz dos venezuelanos contrários ao governo de Nicolás Maduro, mas acredita que as relações entre os dois países possam melhorar, segundo trechos de uma entrevista, divulgados nesta quinta-feira, e que será transmitida no próximo domingo pela emissora "CNN en Español".

Kerry disse que espera que o governo da Venezuela "deixe de usar nossa relação como uma desculpa para não fazer outras coisas internamente" e pediu mais abertura para a opinião das pessoas.

"Estamos preocupados com os poderes de decreto que foram exercidos. Acreditamos que esses poderes são um abuso e diminuem os direitos dos cidadãos para expressarem sua voz", disse Kerry, segundo os trechos da entrevista.

O secretário de Estado assegurou que os Estados Unidos "estão abertos para melhorar suas relações" com a Venezuela, apesar de lamentar que o governo de Maduro tenha aumentado a pressão sobre a imprensa e grupos da oposição.

Sobre Cuba e, concretamente, sobre os quatro anos que o cidadão americano Alan Gross está na prisão, Kerry lembrou que se envolveu pessoalmente em sua libertação, inclusive, antes de se tornar secretário de Estado.


"Foi decepcionante que não tenhamos conseguido, mas acredito que quando formos capazes de conseguir avanços, será através da diplomacia pessoal e privada", disse Kerry em referência a possíveis acordos ou intercâmbios para garantir a libertação do cidadão americano.

Gross, de 62 anos, foi detido e preso no dia 3 de dezembro de 2009 e condenado a 15 anos de prisão em 2011 pelo que o governo cubano descreveu como "ações contra a integridade territorial do Estado".

Kerry também comentou a polêmica sobre a espionagem da Agência de Segurança Nacional (NSA) aos governos de Brasil e México e que motivaram as queixas dos dois países.

O chefe da diplomacia americana antecipou que o presidente americano, Barack Obama, anunciará as reformas que pretende aplicar ao sistema de espionagem e opinou que elas causarão o contentamento dos países que mostraram preocupação.

A entrevista com Kerry será transmitida na íntegra no domingo na emissora "CNN en Español". 

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