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Kerry irá repreender ações da China no Mar do Sul em viagem

O secretário de Estado americano não deixará "nenhuma dúvida" à China a respeito do compromisso dos EUA com liberdade de navegação e voo no Mar do Sul da China


	O secretário de Estado americano, John Kerry
 (Jim Watson/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2015 às 17h02.

Washington - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, não deixará “absolutamente nenhuma dúvida” à China a respeito do compromisso de Washington com a liberdade de navegação e de voo no Mar do Sul da China quando visitar Pequim no próximo final de semana, disse uma autoridade de primeiro escalão do Departamento de Estado norte-americano nesta quarta-feira.

Armando o cenário de encontros potencialmente tensos com líderes chineses, entre eles o presidente Xi Jinping, o funcionário afirmou que Kerry irá alertar que as ações de grande abrangência adotadas pela China para reclamar terras em águas disputadas podem ter consequências negativas para a estabilidade regional – e para as relações com os Estados Unidos.

Na terça-feira uma autoridade dos EUA disse que o Pentágono está cogitando enviar aeronaves e embarcações militares para garantir a liberdade de navegação no entorno das ilhas artificiais que a China vem criando em ritmo crescente no Mar do Sul da China.

O Ministério das Relações Exteriores chinês reagiu declarando que Pequim está “extremamente preocupada” e que exigiu um esclarecimento das declarações.

O funcionário norte-americano disse que “a dúvida a respeito do que a Marinha dos EUA faz ou não faz é uma que os chineses têm toda liberdade de abordar” com Kerry na capital chinesa, onde ele deve estar no sábado e no domingo para reuniões com líderes civis e militares.

A viagem de Kerry foi concebida como preparativo para o Diálogo Estratégico e Econômico EUA-China, evento anual marcado para junho em Washington, e para a visita de Xi a Washington, esperada para setembro. Mas parece mais provável que a rivalidade estratégica crescente, ao invés da cooperação, domine as conversas.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, afirmou nesta quarta-feira que a liberdade de navegação não significa que navios e aeronaves militares estrangeiros podem entrar à vontade nas águas territoriais e no espaço aéreo de outro país.

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