Mundo

Kerry exige respeito a direitos humanos no Camboja

Kerry se reuniu hoje cedo com o ministro de Relações Exteriores, Hor Namhong, e em seguida com o primeiro-ministro, Hun Sen


	EUA no Camboja: "Nos preocupamos profundamente com o respeito aos direitos humanos, as liberdades universais e o bom governo"
 (Jacquelyn Martin / Reuters)

EUA no Camboja: "Nos preocupamos profundamente com o respeito aos direitos humanos, as liberdades universais e o bom governo" (Jacquelyn Martin / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2016 às 08h17.

Phnom Penh - O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, encerrou nesta terça-feira sua visita ao Camboja com um convite a estreitarem laços econômicos e de segurança, mas pedindo o respeito aos direitos humanos no país.

Kerry se reuniu hoje cedo com o ministro de Relações Exteriores, Hor Namhong, e em seguida com o primeiro-ministro, Hun Sen, para preparar a cúpula especial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) com os Estados Unidos, marcada para 15 e 16 de fevereiro na Califórnia.

"Nos preocupamos profundamente com o respeito aos direitos humanos, as liberdades universais e o bom governo, todas estas áreas são verdadeiramente críticas na hora de alcançar o potencial das nossas relações bilaterais", indicou Kerry em entrevista coletiva em Phnom Penh.

"Nosso comércio e laços de investimentos servem há muito tempo para impulsionar nossas relações, estamos de acordo que é muito valioso para o Camboja ter um grupo diverso de parceiros comerciais", acrescentou.

Kerry se reuniu também com Kem Sokha, um dos líderes da oposição, e outros ativistas, e falou sobre a crescente repressão contra a oposição, denunciada pelas organizações pró direitos humanos.

"Os governos democráticos têm a responsabilidade de assegurar que todos os seus representantes escolhidos têm a liberdade de realizar suas atividades sem medo de serem atacados ou detidos", disse o chefe da diplomacia americana.

Em matéria de segurança regional, Kerry ressaltou a necessidade de "resistir" ao extremismo internacional e destacou que Hun Sen tem um "interesse profundo" em trabalhar com os EUA na coalizão anti-Estado Islâmico (EI).

Assuntos como a cooperação marítima na região e as disputas territoriais no Mar da China Meridional, temas em que o Camboja foi acusado de assumir posição a favor da China no passado, não foram abordados na entrevista coletiva.

Kerry chegou ao Camboja depois de visitar o Laos, que este ano ocupa a presidência rotatória de Asean, organização que também inclui Mianmar, Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Malásia, Cingapura, Tailândia e Vietnã.

Kerry viajará na terça-feira a Pequim, onde se encontrará com o ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, com quem conversará sobre diversos temas, entre eles as tensões com Coreia do Norte.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCambojaDireitos HumanosEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil