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Kerry exige à Rússia que pressione Síria a cumprir trégua

As advertências dos Estados Unidos ocorrem após fortes enfrentamentos dos quais participaram todas as partes da guerra na Síria


	Síria: "O secretário Kerry disse que os Estados Unidos esperam que a Rússia exija ao regime cumprir a trégua"
 (Mohamad Abd Abazid / AFP)

Síria: "O secretário Kerry disse que os Estados Unidos esperam que a Rússia exija ao regime cumprir a trégua" (Mohamad Abd Abazid / AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2016 às 18h56.

O secretário de Estado americano, John Kerry, telefonou nesta sexta-feira para o colega russo, Sergei Lavrov, e exigiu que Moscou pressione seus aliados do governo de Damasco a respeitar o frágil cessar-fogo na Síria.

"O secretário Kerry disse que os Estados Unidos esperam que a Rússia exija ao regime cumprir a trégua e nós teríamos que trabalhar com a oposição para fazer o mesmo", disse o porta-voz John Kirby.

Kirby informou que Washington transmitiu à Rússia sua "séria preocupação" com as "ameaças" que o "cessar das hostilidades" enfrenta e com a "imperiosa necessidade de que o regime de (Bashar al) Assad ponha fim às violações" do cessar-fogo.

As advertências dos Estados Unidos ocorrem após fortes enfrentamentos dos quais participaram todas as partes da guerra na Síria, levando milhares de civis a se deslocar para o norte, o que projetou uma sombra sobre os diálogos indiretos entre o regime sírio e a oposição, retomados nesta semana em Genebra.

Arquiteto, juntamente com Moscou, da trégua entre o regime e os rebeldes na Síria. que permitiu desde 27 de fevereiro reduzir a violência, os Estados Unidos já tinham se declarado na quinta-feira "muito preocupados" com a "ofensiva" perto de Aleppo, mobilizada por forças armadas sírias.

Kerry e Lavrov, que representam praticamente o único canal de comunicação diplomática diária entre os Estados Unidos e a Rússia, "reafirmaram a importância de preservar e consolidar o cessar das hostilidades" e pediram que "todas as partes respeitem" a trégua.

As duas potências acordaram que Washington utilize sua influência sobre os grupos de oposição e que Moscou faça o mesmo com o regime sírio, segundo John Kirby.

A diplomacia americana depende em grande medida do cessar-fogo na Síria para que se reinicie um processo de negociação política entre as partes no conflito sob os auspícios da ONU em Genebra.

Uma nova reunião do Grupo Internacional de Apoio à Síria com as 17 potências globais e regionais, conforme o processo de Viena, está em programação para as próximas semanas, sob a condição de que as conversações de Genebra e o cessar-fogo não fracassem completamente.

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