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Kerry diz que eleição presidencial na Síria não é eleição

"Não são eleições, não fazem sentido porque não podem acontecer quando milhões de seus habitantes não estão capacitados para votar", disse secretário


	John Kerry: "conflito continua igual, assim como o terror e a morte", disse secretário
 (Mandel Ngan/AFP)

John Kerry: "conflito continua igual, assim como o terror e a morte", disse secretário (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2014 às 15h36.

Beirute - O secretário de Estado americano, John Kerry, em visita a Beirute, assegurou nesta quarta-feira que as eleições presidenciais realizadas ontem na Síria "não são eleições", porque milhões de cidadãos não puderam votar devido à guerra civil.

"Não são eleições, não fazem sentido porque não podem acontecer quando milhões de seus habitantes não estão capacitados para votar", disse Kerry em entrevista coletiva ao final de uma reunião com o primeiro-ministro libanês, Tamam Salam.

Além disso, Kerry pediu à Rússia, ao Irã e ao grupo xiita libanês Hezbollah a "enviar esforços para dar fim à guerra (na Síria)".

"O conflito continua igual, assim como o terror e a morte", disse também o dirigente americano, que qualificou o conflito de "demonstração grotesca de uma guerra moderna de um Estado contra seu próprio povo".

O secretário de Estado americano está no Líbano em visita rápida, onde deve se reunir, além de com o primeiro-ministro, com o presidente do parlamento, Nabih Berri, e o patriarca maronita, Bechara Rai, segundo os veículos de imprensa libaneses.

A Síria realizou na terça-feira eleições presidenciais às quais concorreu o presidente sírio, Bashar al Assad, com o deputado da oposição tolerada Maher Abdel Hafez Hayar e o ex-ministro Hassan Abdullah al Nouri.

Com toda probabilidade, Al-Assad, no poder desde 2000, será reeleito para um terceiro mandato de sete anos.

A votação se desenvolveu unicamente nas zonas sob controle das autoridades, enquanto prosseguiam os combates e as operações militares, que causaram mais de 150 mil mortos, 6,5 milhões de deslocados internos e 2,5 de refugiados.

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