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Kerry celebra mudança de tom, mas mantém cautela sobre Irã

Kerry disse ainda que as sanções contra o Irã poderão ser suspensas apenas quando ficar claro que o programa nuclear desse país tem fins pacíficos


	John Kerry: secretário de Estado americano chegou a Roma  participou das conversas do grupo de onze países, chamado "Amigos da Síria"
 (AFP)

John Kerry: secretário de Estado americano chegou a Roma  participou das conversas do grupo de onze países, chamado "Amigos da Síria" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 16h55.

Roma - O secretário de Estado americano, John Kerry, elogiou nesta quarta-feira em Roma "a mudança de tom" do Irã, mas disse que "as palavras não podem substituir as ações".

A declaração foi dada antes do encontro com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Kerry disse ainda que as sanções contra o Irã poderão ser suspensas apenas quando ficar claro que o programa nuclear desse país tem fins pacíficos.

"Ficamos felizes com a mudança de retórica, com a mudança de tom, com a abertura diplomática que os iranianos ofereceram", afirmou Kerry, em Roma.

Mas "as palavras não são um substituto para as ações", advertiu o secretário de Estado, que se reuniu pela manhã com o chefe de governo italiano, Enrico Letta.

A pauta da reunião incluiu a crise síria e a situação no Afeganistão e na Líbia.

Já na agenda de Kerry e Netanyahu constam o tema do Oriente Médio, as negociações entre israelenses e palestinos e o programa nuclear iraniano. Para Israel e as potências ocidentais, o programa de Teerã tem como objetivo dotar o país de armamento nuclear, algo rejeitado pelas autoridades iranianas.

"Precisamos saber se estão atuando de forma a deixar muito claro, de forma inquestionável e verificável para o mundo, que qualquer programa que pretendam levar adiante seja um programa pacífico", ressaltou Kerry, que pediu que se mantenha "prudência" em relação à abertura sinalizada pelo Irã após a eleição do moderado Hassan Rohani.

Kerry chegou a Roma procedente de Londres. Na terça, ele participou das conversas do grupo de onze países, chamado "Amigos da Síria", com membros da oposição do país árabe.

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