Mundo

Kerry analisa com o presidente Hadi o conflito no Iêmen

Após as conversas, Kerry disse em sua conta oficial do Twitter que manteve uma "reunião construtiva" com Hadi e com Bahah


	O secretário de Estado americano John Kerry: após as conversas, Kerry disse em sua conta oficial do Twitter que manteve uma "reunião construtiva" com Hadi e com Bahah
 (AFP/ Fabrice Coffrini)

O secretário de Estado americano John Kerry: após as conversas, Kerry disse em sua conta oficial do Twitter que manteve uma "reunião construtiva" com Hadi e com Bahah (AFP/ Fabrice Coffrini)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 10h26.

Riad - O secretário de Estado americano, John Kerry, analisou com o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, o atual conflito que atravessa o país, no marco de uma visita a Riad durante a qual abordará este assunto com as autoridades sauditas.

A reunião aconteceu na residência de Hadi em Riad, onde o líder se refugiou em março, e contou com a presença do vice-presidente iemenita, Khaled Bahah, do ministro das Relações Exteriores, Riad Yassin, e da secretária de Estado adjunta para Oriente Médio dos EUA, Anne Patterson, segundo a agência oficial saudita "Spa".

Após as conversas, Kerry disse em sua conta oficial do Twitter que manteve uma "reunião construtiva" com Hadi e com Bahah.

Um dos principais temas da agenda da visita de Kerry a Riad é o conflito no Iêmen, onde a Arábia Saudita lidera uma coalizão militar árabe que bombardeia há um mês e meio os rebeldes houthis.

O chefe da diplomacia americana vai abordar a possibilidade da suspensão dos bombardeios em algumas zonas do Iêmen para facilitar a chegada de ajuda humanitária.

Após sua chegada na noite de quarta-feira a Riad, procedente de Djibuti, Kerry se reuniu com o príncipe herdeiro e vice-presidente do Conselho de Ministros, Mohammed bin Naif bin Abdul Aziz.

Participaram também neste encontro o segundo príncipe herdeiro e ministro da Defesa, Mohammed bin Salman, o titular das Relações Exteriores, Adel al Yobeir, e os chefes dos serviços secretos e do Estado-Maior.

Durante uma entrevista coletiva ontem em Djibuti, Kerry já antecipou que ia estudar com as autoridades sauditas a implementação de uma pausa nas operações militares para permitir a provisão de ajuda humanitária.

"Esperamos que a coalizão se unirá ao trabalho da ONU e do resto da comunidade internacional para encontrar o modo de fornecer ajuda através das organizações humanitárias", acrescentou.

Kerry também expressou sua "profunda preocupação" pela situação humanitária no país, citando a escassez de alimentos, remédios e combustíveis, e lamentou que esta se deteriora diariamente.

O governo dos EUA anunciou ontem que destinará US$ 68 milhões para atenuar a crise humanitária derivada do atual conflito no Iêmen.

Kerry assegurou, além disso, que apoiam um diálogo porque "não há solução militar para crise". "Tem que haver um processo político negociado que reconstrua o governo e o próprio Iêmen", acrescentou.

Apesar destas chamadas ao diálogo, o governo iemenita pediu ao Conselho de Segurança da ONU que permita "uma intervenção de forças terrestres" para salvar o país do controle dos houthis, segundo uma carta apresentada perante o organismo internacional e recolhida por vários meios de comunicação locais.

O avanço dos rebeldes houthis rumo ao sul do Iêmen em fevereiro motivou a fuga de Hadi a Riad e a posterior ofensiva aérea da coalizão árabe, agravando um conflito no qual já morreram mais de 2 mil pessoas.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)GuerrasIêmenPaíses ricos

Mais de Mundo

Relatório da Oxfam diz que 80% das mulheres na América Latina sofreram violência de gênero

Xi Jinping conclui agenda na América do Sul com foco em cooperação e parcerias estratégicas

Para ex-premier britânico Tony Blair, Irã é o principal foco de instabilidade no Oriente Médio

Naufrágio de iate turístico deixa pelo menos 17 desaparecidos no Egito