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Kerry analisa com Netanyahu situação no Irã

Secretário de Estado americano, John Kerry se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para falar sobre o programa nuclear iraniano

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry (e), com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: Netanyahu disse a Kerry que "quer a paz com palestinos" (Jason Reed/Reuters)

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry (e), com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: Netanyahu disse a Kerry que "quer a paz com palestinos" (Jason Reed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 09h53.

Jerusalém - O secretário de Estado americano, John Kerry, se reuniu nesta quarta-feira em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, com quem abordou o delicado processo de paz com os palestinos e o programa nuclear iraniano.

Sua visita à região ocorre em momentos nos quais o diálogo entre israelenses e palestinos se encontra à beira do colapso, segundo advertem fontes oficiais palestinas e inclusive a imprensa, como o popular jornal israelense "Yedioth Ahronoth".

A principal razão da estagnação de dito processo se deve ao fato dos palestinos considerarem que Israel não mostra responsabilidade e nem seriedade na hora de negociar, enquanto segue aprovando a expansão de colônias judaicas no território ocupado em 1967.

Por sua vez, Netanyahu manifestou hoje ao início de seu encontro com Kerry, que seu Governo "quer a paz com os palestinos. Israel quer a paz com os palestinos, há três meses acordamos as condições das negociações e nós as cumprimos plenamente".

O chefe do Governo israelense assinala em comunicado divulgado por seu Escritório "sua preocupação de que o curso das conversas continue sem interrupção", com o objetivo de "alcançar um acordo que ponha fim às disputas para sempre".

Netanyahu transmitiu a Kerry sua esperança de que a visita "conduza as conversas a um ponto no qual se possa conseguir uma paz histórica à qual Israel e seu povo merecem".

Na reunião entre ambos, a questão iraniana é outro dos temas mais destacados, com a posição israelense de que "não se deve permitir que um regime assim tenha a arma mais perigosa do mundo".


Perante a recente aproximação de Washington com Teerã, o primeiro-ministro israelense reiterou que "enquanto continuarem os esforços do Irã para enriquecer urânio, as pressões internacionais devem continuar".

O secretário de Estado americano chegou na terça-feira a Tel Aviv, onde visitou o memorial de Yitzhak Rabin, o primeiro-ministro israelense assassinado em 1995 por um estudante da direita radical oposto a seus ideiais de entregar território em troca de paz com os palestinos.

Ao depositar uma oferenda no monumento de pedra situado no local do assassinato, Kerry lembrou como minutos antes de receber o disparo, Rabin tinha cantado uma canção de paz junto ao presidente Shimon Peres.

O chefe da diplomacia americana disse que os israelenses podem estar seguros de que os EUA permanecerá a seu lado ao longo do caminho e destacou a importância de alcançar um acordo de paz com os palestinos assim como o compromisso de Washington com a solução de dois Estados.

Ainda hoje Kerry irá para Belém para se reunir no Palácio Presidencial com o líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

Nessa cidade, também lançará um projeto denominado "Impacto da iniciativa de microinfraestrutura" na Praça da Manjedoura.

Após seu encontro com o presidente palestino, Kerry dará uma entrevista coletiva e posteriormente já pela tarde, voltará a Jerusalém para se reunir com o presidente israelense, Shimon Peres.

A visita ocorre dias depois que Israel libertou 26 presos palestinos e anunciou a continuação dos planos para expandir 1.500 novas imóveis em assentamentos de Jerusalém Oriental e Cisjordânia ocupada.

Desde que retomaram a negociação direta no final de julho e após quase três anos de recesso, israelenses e palestinos mantiveram cerca de 15 encontros em Jerusalém e Jericó.

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