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Kerry adverte Rússia sobre mais sanções

O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, advertiu a Rússia de que o governo americano está disposto a impor a Moscou mais sanções econômicas


	John Kerry: é "vital" que a Ucrânia tenha eleições "livres e justas", disse
 (Brendan Smialowski/AFP)

John Kerry: é "vital" que a Ucrânia tenha eleições "livres e justas", disse (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2014 às 13h07.

Londres - O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, advertiu nesta quinta-feira a Rússia de que o governo americano está disposto a impor a Moscou mais sanções econômicas caso tente alterar as eleições na Ucrânia previstas para 25 de maio.

Em entrevista coletiva em Londres após participar da reunião do grupo de Amigos da Síria, Kerry disse que se deve permitir aos ucranianos escolher seu futuro através de eleições livres.

O chefe da diplomacia americana insistiu que é "vital" que a Ucrânia tenha eleições "livres e justas".

Antes de participar hoje nas conversas sobre a situação na Síria, Kerry realizou uma reunião com seus colegas do Reino Unido, da França, da Itália e da Alemanha para abordar a situação na Ucrânia.

O secretário de Estado destacou a importância de proteger os direitos de todos os ucranianos e pediu aos separatistas pró-Rússia e à Rússia que respeitem o processo democrático de 25 de maio, pois - acrescentou - é a "única maneira" de diminuir a tensão na Ucrânia.

Ao mesmo tempo, Kerry disse que os EUA tomaram nota das recentes palavras do presidente russo, Vladimir Putin, de respeitar o próximo exercício democrático dos ucranianos, por isso espera que a Rússia "estimule" o povo a votar.

O representante americano acrescentou que a Rússia deve permitir aos ucranianos "ter a possibilidade" de votar dentro de oito dias e se mostrou a favor de que haja um "esforço organizado" para "deixar para trás o confronto".

O secretário de Estado fez estas declarações em um momento de tensão no leste da Ucrânia, pois as regiões insurgentes seguem a caminho da Crimeia (incorporada à Rússia após o referendo de 16 de março) ao criar suas próprias instituições de poder e bloquear as unidades militares.

O principal alvo da viagem de Kerry a Londres era para se reunir com seus colegas do grupo Amigos da Síria, também chamado "Londres 11", para analisar como ajudar a oposição síria e melhorar a situação humanitária no país.

Além dos EUA e do Reino Unido, o grupo é formado pelos ministros das Relações Exteriores de Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia e dos Emirados Árabes Unidos.

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