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Kavanaugh não ensinará mais em Harvard

O FBI abriu uma investigação a pedido do Senado após três mulheres acusarem Kavanaugh de tê-las agredido ou assediado sexualmente na década de 80

Kavanaugh: ao menos 860 graduados de Harvard firmaram uma carta pedindo que o candidato a juiz fosse excluído da Faculdade de Direito (Alex Wroblewski/Reuters)

Kavanaugh: ao menos 860 graduados de Harvard firmaram uma carta pedindo que o candidato a juiz fosse excluído da Faculdade de Direito (Alex Wroblewski/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de outubro de 2018 às 20h04.

O candidato a juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos Brett Kavanaugh, acusado de agredir ou assediar sexualmente três jovens quando era adolescente, não voltará a lecionar na Faculdade de Direito de Harvard neste inverno boreal.

"Hoje, o juiz Kavanaugh informou que já não pode se comprometer com o curso em janeiro de 2019", escreveu nesta segunda-feira um dirigente da universidade aos estudantes, segundo a imprensa local.

Um porta-voz de Harvard confirmou nesta terça-feira a informação à AFP.

Ao menos 860 graduados de Harvard firmaram uma carta pedindo que Kavanaugh, 53 anos, fosse excluído da Faculdade de Direito, onde anualmente ministrava um curso de três semanas: "A Suprema Corte desde 2005".

"Acreditamos que a designação do juiz Kavanaugh como conferencista da HLS (Harvard Law School) envia uma mensagem aos estudantes de direito, em particular às estudantes, de que os homens poderosos estão acima da lei", diz a carta.

O FBI abriu uma investigação a pedido do Senado após três mulheres acusarem Kavanaugh de tê-las agredido ou assediado sexualmente quando estava bêbado, na década de 80.

Em depoimento no Senado, Kavanaugh negou com veemência as denúncias e rejeitou agressivamente que tivesse um problema com álcool na época.

"Além da substância das acusações, o comportamento do juiz Kavanaugh e seu testemunho durante o processo de designação provoca mais dúvidas sobre sua capacidade para atuar na Suprema Corte", destaca a carta dos ex-alunos da HLS.

Trump mantém o apoio a Kavanaugh, mas solicitou ao FBI uma investigação adicional após o depoimento no Senado de sua primeira acusadora, Christine Blasey Ford, como pediam a oposição e algunssenadores republicanos.

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