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Kassab saúda decisão do PT, mas não vê aliança em SP

Afirmação do prefeito foi feita em sabatina para jornalistas. Gilberto Kassab disse que a legenda já conseguiu 1,2 milhão de assinaturas, mais que o dobro do necessário

Kassab: "Eu saúdo essa decisão e agradeço ao PT. Isso mostra que existe compreensão do PT em relação à importância do PSD no cenário da democracia brasileira" (Prefeitura de SP/Divulgação)

Kassab: "Eu saúdo essa decisão e agradeço ao PT. Isso mostra que existe compreensão do PT em relação à importância do PSD no cenário da democracia brasileira" (Prefeitura de SP/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 15h25.

São Paulo - O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, celebrou hoje a decisão do PT de não impor veto às coligações com seu futuro partido, o PSD. Em reunião no último sábado, o diretório estadual petista barrou a resolução que proibia alianças entre petistas e candidatos do PSD no Estado. "Eu saúdo essa decisão e agradeço ao PT. Isso mostra que existe compreensão do PT em relação à importância do PSD no cenário da democracia brasileira", afirmou o prefeito, após participar de sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo.

Embora tenha comemorado a decisão do diretório estadual, Kassab lembrou que o partido é um crítico ferrenho à sua gestão e que, por isso, acredita ser inviável uma aliança com os petistas em 2012 na capital paulista. "Aqui em São Paulo, acho muito difícil", avaliou. O prefeito também destacou que sua legenda deve apoiar um candidato de sua base aliada e que defenda a continuidade de seus projetos na cidade.

Kassab anunciou que seu novo partido já conseguiu aproximadamente 1,2 milhão de assinaturas, mais que o dobro do necessário para dar entrada no registro da sigla junto à Justiça Eleitoral. De acordo com o prefeito, 100 mil assinaturas já foram auditadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). "Podemos ter equívocos, erros, espero que até na boa-fé. Mas a Justiça Eleitoral certifica apenas o que achar correto", disse o prefeito, referindo-se às denúncias de fraude na coleta de assinaturas para a criação do novo partido.

Para Kassab, o fato de terem sido incluídos nomes de eleitores mortos no processo de criação de seu partido é fruto da "inocência" de seus correligionários, os quais têm uma missão difícil de coletar milhares de assinaturas. "Não é má-fé dos dirigentes do partido. Isso é imperfeição ou inocência de algum apoiador. É inocência não checar", considerou.

Questionado ainda sobre a participação de servidores municipais na coleta de assinaturas, o prefeito afirmou que o uso de instalações públicas para ações partidárias está sendo apurado. Caso a Câmara Municipal decida abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a coleta das assinaturas, Kassab disse que pretende colaborar com os vereadores. "Mas não acredito que seja o caso (de criar CPI)", disse.

Estresse

O prefeito de São Paulo negou que tenha discutido com o secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia (DEM), seu antigo aliado, na última semana. "Rodrigo é um amigo pessoal meu. Apenas fui fazer uma visita a ele, alertando sobre manifestações inadequadas. Não houve estresse", contou Kassab, numa referência ao encontro que teve com Garcia e no qual teria acusado o secretário de atuar contra a criação do PSD. "Ficaria muito desapontado se ele trabalhasse contra", admitiu.

Perguntado sobre a suposta discussão com o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Kassab também negou o episódio e disse que não tem problemas com Chalita. "Não teve nenhuma discussão", reforçou.

Durante a entrevista, Kassab lamentou que seus adversários tentem impedir a fundação do PSD. "O nascimento deste partido não interessa a alguns adversários", comentou. O prefeito citou também o governador Geraldo Alckmin (PSDB), que se manifestou contra o partido e até afastou seu vice Guilherme Afif Domingos da Secretaria de Desenvolvimento Social. Afif deixou o DEM para fundar o PSD. "Não tenho nenhum indicativo de que ele esteja trabalhando contra", disse. "Mas eu respeito a transparência com que ele se manifestou."

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