Mundo

Kamala vai defender proibição de manipulação de preços em discurso na sexta

Vice-presidente de Joe Biden concorre à liderança da Casa Branca contra o republicano Donald Trump

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos (Andrew Harnik/AFP)

Kamala Harris, vice-presidente dos Estados Unidos (Andrew Harnik/AFP)

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 15h21.

Tudo sobreEleições EUA 2024
Saiba mais

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, proporá na sexta-feira a proibição federal da manipulação dos preços dos alimentos em seu primeiro discurso sobre política econômica como candidata democrata à Casa Branca, na Carolina do Norte.

A proibição tem como objetivo evitar que as empresas alimentícias aumentem injustificadamente os preços e faz parte de um plano mais amplo da vice-presidente para combater a inflação, informou sua campanha em comunicado.

De acordo com a campanha, nos primeiros 100 dias como presidente, Kamala pretende implementar a primeira proibição federal de todos os tempos sobre a manipulação de preços de alimentos, estabelecendo regras claras para que as grandes corporações não possam aumentar artificialmente os preços para obter lucros enormes.

Caso seja implementado, o plano permitirá que os procuradores gerais dos estados e a Comissão Federal de Comércio, uma agência governamental que defende os direitos do consumidor, investiguem e punam as empresas que violarem a proibição federal.

Além disso, o plano inclui investimentos para que o governo federal combata práticas anticompetitivas e fundos para apoiar pequenas empresas no setor de alimentos, incluindo processadores de carne independentes, já que esse setor é atualmente dominado por grandes corporações.

De fato, a campanha disse que, em seu discurso na Carolina do Norte, Kamala planeja visar especificamente o setor de carnes, onde quatro grandes empresas controlam a maior parte do mercado e relataram lucros recordes após a pandemia de covid-19.

Devido à falta de concorrência, estes setores tradicionalmente têm tido a possibilidade de fixar preços discricionários, fazendo com que os consumidores paguem mais por seus produtos e reduzindo o que pagam aos agricultores.

No discurso, Kamala fará um contraste entre sua agenda econômica e a do ex-presidente e candidato republicano às eleições de novembro, Donald Trump, a quem culpará por defender uma política econômica que prejudicará a classe média.

O discurso de Kamala acontecerá em um momento em que a economia continua sendo uma das principais questões para os eleitores.

Pesquisas

De acordo com uma pesquisa da rádio “NPR” e da rede “PBS” divulgada na semana passada, os americanos confiam mais em Trump do que em Kamala para lidar com a economia, embora as opiniões estejam bastante divididas: 51% disseram que Trump seria melhor para lidar com o assunto, enquanto 48% preferiram Kamala.

O discurso de Kamala também tem um caráter simbólico, já que a Carolina do Norte é um estado que os democratas esperam vencer nesta eleição, mas que sempre votou no candidato presidencial republicano na última metade do século, com exceção de Barack Obama na eleição de 2008 e Jimmy Carter na de 1976.

Kamala está concentrando sua mensagem na economia nos dias que antecedem a Convenção Nacional Democrata em Chicago, onde será oficialmente proclamada como candidata do partido para as eleições de novembro.

Ainda hoje, ela deve comparecer a um comício com o presidente, Joe Biden, para discutir os esforços do governo para reduzir os preços dos medicamentos.

Será sua primeira aparição junto com Biden desde que o atual presidente desistiu de concorrer às eleições de novembro.

Acompanhe tudo sobre:Kamala HarrisDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Eleições EUA 2024

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA