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Kamala Harris arrecada US$ 47 milhões em 24 horas após debate com Trump

Campanha de Kamala ganha força com doações de 600 mil pessoas, ampliando a diferença financeira em relação à campanha de Trump

Campanha de Kamala Harris teve arrecadação expressiva nas horas seguintes ao debate presidenciável.

Campanha de Kamala Harris teve arrecadação expressiva nas horas seguintes ao debate presidenciável.

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 13 de setembro de 2024 às 06h07.

Última atualização em 13 de setembro de 2024 às 11h26.

A campanha de Kamala Harris arrecadou US$ 47 milhões (aproximadamente R$ 265 milhões) nas 24 horas que seguiram o debate com Donald Trump, um valor que reforça sua vantagem financeira sobre o ex-presidente. O montante foi impulsionado por doações de 600 mil indivíduos e representa o maior volume arrecadado pela candidata desde sua entrada oficial na corrida presidencial em julho, quando levantou US$ 81 milhões (cerca de R$ 456 milhões) no primeiro dia. As informações são do The New York Times.

Com essa nova injeção de capital, a campanha de Kamala já havia acumulado US$ 404 milhões (R$ 2,28 bilhões) em caixa no início de setembro, superando os US$ 295 milhões (cerca de R$ 1,66 bilhões) disponíveis na campanha de Trump. A arrecadação de agosto foi especialmente favorável a Kamala, que conseguiu quase triplicar o valor angariado pela equipe do ex-presidente, consolidando ainda mais sua vantagem.

Audiência expressiva

Debates presidenciais geralmente são grandes oportunidades para campanhas arrecadarem fundos, principalmente devido à enorme audiência que atraem. O debate entre Kamala e Trump foi visto por 67 milhões de pessoas nos Estados Unidos, sem contar os que acompanharam o evento por meio de outras plataformas digitais. A atuação de Kamala foi vista como um dos momentos decisivos da campanha, o que se refletiu no aumento das doações.

A campanha de Trump, por outro lado, não divulgou nenhum número expressivo após o debate, e alguns de seus principais financiadores demonstraram preocupação com a performance do ex-presidente e seu impacto sobre as doações. A maior quantia já arrecadada por Trump em 24 horas ocorreu após sua condenação em maio, quando sua campanha levantou quase US$ 53 milhões (aproximadamente R$ 298 milhões), além de uma doação substancial de US$ 50 milhões (cerca de R$ 282 milhões) feita por Timothy Mellon.

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Dentro da campanha de Kamala, há receio de que a disparidade nos números de arrecadação entre democratas e republicanos em julho e agosto – US$ 671 milhões (aproximadamente R$ 3,7 bilhões) contra US$ 269 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) – possa enfraquecer a mobilização de pequenos doadores no restante da campanha.

A vantagem financeira de Kamala também se reflete no planejamento de sua estratégia de mídia. Sua equipe está programada para gastar aproximadamente US$ 130 milhões (R$ 731 milhões) a mais em propaganda de rádio e televisão do que os republicanos nas últimas semanas da campanha, segundo a AdImpact. No entanto, a dependência dos republicanos de grandes doadores como Timothy Mellon e Miriam Adelson pode alterar rapidamente o equilíbrio, caso novas doações substanciais sejam feitas.

Grupos democratas externos também deverão reportar somas significativas nos próximos meses, o que intensificará a batalha financeira entre as duas campanhas na reta final. O caminho até as eleições promete ser marcado por altos investimentos de ambos os lados, à medida que Kamala busca manter sua liderança financeira e Trump tenta recuperar terreno.

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