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Justiça turca rejeita apelação de pastor americano e mantém detenção

O Ministério Público pede até 20 anos de prisão para o pastor americano, por considerar que ele tem laços com o grupo armado crudo na Turquia

Os EUA ameaçaram impor sanções à Turquia caso o pastor americano não seja libertado (Kevin Lamarque/Reuters)

Os EUA ameaçaram impor sanções à Turquia caso o pastor americano não seja libertado (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de julho de 2018 às 14h41.

Istambul - Um tribunal turco rejeitou nesta segunda-feira a apelação do pastor americano acusado de "terrorismo" e manteve a decisão de prisão domiciliar em um caso que abalou as relações entre Turquia e Estados Unidos, de acordo com o canal "NTV".

O mesmo tribunal da cidade de Esmirna decidiu há uma semana a prisão domiciliar do pastor protestante americano Andrew Brunson, que estava em prisão preventiva há 21 meses. O juiz rejeitou a apelação porque não houve mudança em relação a "forte suspeita do crime", informou à imprensa o advogado de defesa Ismail Cem Halavurt.

O Ministério Público turco pede até 20 anos de prisão para o pastor por considerar que ele tem laços com o grupo armado PKK, a guerrilha curda na Turquia, e que estaria vinculado ao teólogo e escritor Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, e contra quem o Executivo em Ancara atribui o fracassado golpe de Estado de 2016.

Brunson nega as acusações. A prisão afetou as relações entre os dois governos, principalmente após as ameaças do presidente americano, Donald Trump, de impor sanções à Turquia caso não liberte o pastor americano.

"Os Estados Unidos devem construir a sua relação com a Turquia com base no diálogo e na cortesia. Estas declarações (possíveis sanções) não assustam a Turquia e danificam as nossas relações", declarou hoje o porta-voz do partido governante, o AKP, Mahir Ünal.

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