Mundo

Justiça sul-africana indicia mineradores por assassinatos

O juiz marcou a próxima audiência para quinta-feira, 6 de setembro, e ordenou que continuassem detidos até então

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2012 às 15h29.

Johannesburgo - Um tribunal sul-africano indiciou nesta quinta-feira os mineiros presos em 16 de agosto na mina de Marikana durante um tiroteio com a polícia, e os acusou pelo homicídio de 34 de seus companheiros em virtude de uma cláusula legal, informou a promotoria à AFP.

"O tribunal indiciou todos os mineiros por assassinato, de acordo com a lei", informou o porta-voz Frank Lesenyego.

A lei do país determina que todas as pessoas detidas em um lugar onde houve um tiroteio envolvendo policiais têm que ser indiciadas por assassinato, independente de as vítimas serem agentes ou não.

A acusação recai sobre os 270 mineiros: os 259 que foram detidos no dia 16 de agosto mais os feridos que foram presos ao sair do hospital.

O juiz marcou a próxima audiência para quinta-feira, 6 de setembro, e ordenou que continuassem detidos até então.

O ativista Julius Malema, expulso em abril da ANC, o partido no poder na África do Sul, compareceu à audiência desta quinta-feira.

"É uma loucura!", disse depois da decisão do juiz, "nenhum dos policiais que matou esses mineiros está na prisão".

A greve não autorizada na mina de platina de Marikana deixou um total de 44 mortos.

Dez homens, entre eles dois policiais e dois guardas, morreram nos enfrentamentos entre sindicatos entre os dias 10 e 12 de agosto, e 34 mineiros em greve morreram no dia 16 de agosto quando a polícia disparou contra os manifestantes.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaÁfrica do SulMortesPolítica no BrasilProtestos

Mais de Mundo

Reino Unido pede a seus cidadãos que deixem o Líbano em voos comerciais

Qual o risco de guerra entre Líbano e Israel após as explosões de pagers?

Guarda Revolucionária do Irã promete 'resposta esmagadora' por ataques no Líbano

Biden receberá Zelensky na Casa Branca para falar sobre guerra com a Rússia