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Justiça suíça prende 6 dirigentes da Fifa por corrupção

A reeleição do atual presidente, o suíço Joseph Blatter, era dada como praticamente certa, mas os acontecimentos de hoje mudam drasticamente essa situação


	Fifa: autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos
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Fifa: autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 06h24.

Genebra - O Ministério da Justiça e Polícia da Suíça confirmou na madrugada desta quarta-feira a detenção, por acusações de corrupção, de seis dirigentes do primeiro escalão da Fifa em Zurique, que estavam hospedados no hotel onde acontecerá o congresso anual da entidade máxima do futebol.

As autoridades suíças relataram que os detidos devem ser extraditados para os Estados Unidos, onde a procuradoria de Nova York os investiga pelo recebimento de propinas desde o começo da década de 1990 até os dias de hoje.

"As autoridades dos Estados Unidos suspeitam que (os dirigentes) receberam propina no valor de milhões de dólares", assinalou o Ministério em comunicado.

Os detidos participavam de uma série de atividades na sede mundial da Fifa, que são uma prévia do congresso da entidade, que deverá escolher nesta sexta-feira seu presidente para os próximos quatro anos.

A reeleição do atual presidente, o suíço Joseph Blatter, para um quinto mandato, era dada como praticamente certa, mas os acontecimentos de hoje mudam drasticamente essa situação.

Os agentes responsáveis pela operação pertencem ao corpo da Polícia Cantonal de Zurique e chegaram ao luxuoso hotel durante a madrugada, vestidos com trajes civis. Após apresentaram as ordens judiciais pertinentes, receberam as chaves dos quartos respectivos.

A detenção ocorreu sem maiores problemas e os seis membros da Fifa serão interrogados hoje mesmo pela polícia.

Os dirigentes são acusados de envolvimento em um esquema de corrupção através do qual "delegados da Fifa e outros de organizações dependentes receberam propinas e comissões - de representantes de meios de comunicação e de empresas de marketing esportivo - que somam mais de US$ 100 milhões", segundo o Ministério suíço.

Em troca, os agentes corruptores "recebiam direitos midiáticos, de publicidade e patrocínio em torneios de futebol na América Latina".

Segundo o pedido de detenção dos Estados Unidos, esses crimes foram preparados e estipulados nesse país, enquanto os pagamentos foram realizados através de bancos americanos.

O acordo e os preparativos para a realização desta operação foram feitos nos Estados Unidos.

O Ministério de Justiça e Polícia da Suíça indicou que o procedimento será simplificado para aqueles que estiverem de acordo com sua extradição. Nesse caso, as autoridades suíças a aprovarão imediatamente.

Se os envolvidos se opuserem, então será solicitado aos Estados Unidos que apresentem um pedido formal de extradição no prazo de 40 dias, como determina o tratado bilateral entre os dois países.

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