Operários munidos de picaretas e de um mandado judicial entraram na quarta-feira na propriedade de um neto de Nelson Mandela para exumar os corpos de três filhos do líder cívico (REUTERS/Siegfried Modola)
Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2013 às 17h58.
Mvezo - Operários munidos de picaretas e de um mandado judicial entraram na quarta-feira na propriedade de um neto de Nelson Mandela para exumar os corpos de três filhos do líder cívico, numa nova reviravolta em um caso que dividiu a mais famosa família da África do Sul.
Horas depois da decisão tomada pela alta corte de Mthatha, a 700 quilômetros ao sul de Johanesburgo, policiais e carros funerários chegaram à propriedade de Mandla na vizinha aldeia de Mvezo, onde três filhos de Mandela estão sepultados. O portão gradeado cinza foi arrombado diante de uma multidão de fotógrafos e cinegrafistas.
Os três corpos foram inicialmente sepultados no cemitério da família em Qunu, a aldeia onde Mandela - hoje com 94 anos e internado em estado grave - passou a maior parte da sua infância. Há dois anos, Mandla, oficialmente o chefe do clã, transferiu os cadáveres para Mvezo. Muitos sul-africanos acham que ele fez isso na expectativa de que o avô ilustre seja também enterrado nessa aldeia.
Em uma ação judicial aberta contra Mandla na semana passada, a filha mais velha de Mandela, Makaziwe, solicitou uma audiência urgente, alegando que seu pai está em estado "perigoso", respirando com a ajuda de aparelhos, segundo a imprensa local. "A expectativa da sua morte iminente se baseia em razões reais e substanciais", disse a petição, segundo o jornal City Press.