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Justiça impõe fiança de US$ 8 mi para sequestrador

Ariel Castro é acusado de ter sequestrado três moças e as estuprado durante a década em que as manteve em cativeiro


	Ariel Castro, Pedro Castro e Onil Castro aparecem em um tribunal de Cleveland, em Ohio
 (John Gress/Reuters)

Ariel Castro, Pedro Castro e Onil Castro aparecem em um tribunal de Cleveland, em Ohio (John Gress/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 13h37.

Cleveland - A Justiça dos Estados Unidos fixou nesta quinta-feira fiança de 8 milhões de dólares para o ex-motorista de ônibus Ariel Castro, acusado de ter sequestrado três moças e as estuprado durante a década em que as manteve em cativeiro em sua casa.

Castro compareceu a uma audiência na Corte Municipal da cidade de Cleveland, com aparência inexpressiva, cabisbaixo e as mãos algemadas. A juíza Lauren Moore impôs fiança de 2 milhões de dólares para cada uma das três mulheres sequestradas e uma criança nascida no cativeiro.

Essa foi a primeira vez em que Castro, de 52 anos, foi visto em público desde sua prisão, na segunda-feira, depois da fuga das mulheres de sua casa, em um bairro de baixa renda de Cleveland, Estado de Ohio.

Na quarta-feira ele foi formalmente indiciado por quatro delitos de sequestro e três de estupro.

A defensora pública designada para ele, Kathleen DeMetz, disse depois da primeira aparição de Castro no tribunal que ele iria precisar de 800 mil dólares em dinheiro para sair da prisão. "O homem não tem nenhum dinheiro", afirmou ela. "Ele evidentemente não tem isso." Na corte, ela afirmou que Castro estava desempregado. Ele foi demitido em novembro de um emprego de motorista de ônibus escolar.

Castro está sendo estritamente vigiado para que não cometa suicídio. Sua defensora disse esperar que ele permaneça em isolamento na prisão.

Segundo as autoridades, as mulheres eram mantidas às vezes presas por cordas ou correntes, passaram fome e sofreram espancamentos e ataques sexuais. Uma das jovens passou por vários abortos induzidos por ele.

O sequestro se encerrou na segunda-feira, depois que vizinhos atenderam aos gritos de uma delas, Amanda Berry, e arrombaram a porta da casa.

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