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Justiça francesa decidirá se Guerlain é racista

Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim..."

As reações de protesto foram imediatas e Guerlain pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu pensamento (©AFP)

As reações de protesto foram imediatas e Guerlain pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu pensamento (©AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2012 às 14h01.

Paris - Um tribunal de Paris decidirá nesta quinta-feira se Jean-Paul Guerlain, descendente do fundador da famosa casa de perfumes, deve ser condenado por injúria racial em função de suas declarações sobre os negros, que provocaram indignação e um pedido de boicote da marca.

Guerlain é julgado por declarações feitas em 15 de outubro de 2010 ao canal France 2. Naquele dia, evocando a criação do perfume Samsara, o ex-perfumista de Guerlain afirmou: "Pela primeira vez, trabalhei como um negro. Não sei se os negros trabalharam muito sempre, mas, enfim...".

As reações de protesto foram imediatas e Guerlain pediu desculpas, afirmando que suas palavras não refletiram seu pensamento.

Suas desculpas, no entanto, não bastaram para acalmar a polêmica, nem para evitar que várias organizações de luta contra o racismo apresentassem uma queixa judicial, entre elas o SOS Racismo e o Movimento contra o Racismo e pela Amizade entre os Povos.

Com 75 anos de idade e aposentado desde 2002, Guerlain trabalhou 47 anos na empresa da família e continuou sendo conselheiro da empresa depois de se aposentar. Mas a empresa interrompeu esta colaboração dias depois de suas declarações sobre os negros.

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