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Justiça egípcia critica decreto de Mursi

A Suprema Corte considera injustificáveis as críticas de parcialidade formuladas contra o tribunal pelo presidente, que ampliou seus próprios poderes


	O presidente egípcio, Mohamed Mursi: o presidente do tribunal rebateu a acusação de Mursi de que a Suprema Corte era parcial e exigiu apresentação de provas
 (AFP)

O presidente egípcio, Mohamed Mursi: o presidente do tribunal rebateu a acusação de Mursi de que a Suprema Corte era parcial e exigiu apresentação de provas (AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2012 às 11h21.

Cairo - A Suprema Corte do Egito e a Corte de Cassação denunciaram nesta quarta-feira o decreto presidencial de 22 de novembro com o qual o chefe de Estado Mohamed Mursi ampliou seus poderes.

A Suprema Corte considera injustificáveis as críticas de parcialidade formuladas contra o tribunal pelo presidente, enquanto a Corte de Cassação anunciou a suspensão dos trabalhos até que Mursi anule o polêmico decreto.

"Há um ataque contra a Suprema Corte Constitucional, circularam informações falsas sobre ela", declarou à imprensa o presidente do principal tribunal egípcio, Maher al-Beheiry.

Al-Beheiry rebateu a acusação de Mursi de que a Suprema Corte era parcial e exigiu que o presidente apresente provas.

Em 22 de novembro, Mursi decretou que nenhuma instância judicial poderia dissolver a comissão responsável por redigir a futura Constituição egípcia.

Criticada pelos liberais e laicos, que a acusam de estar dominada pelos islamitas, a comissão enfrenta um recurso na Suprema Corte.

Já a Corte de Cassação anunciou que inicia uma greve até a suspensão do decreto por Mursi.

"A Corte suspende os trabalhos até que o decreto seja anulado", informou a agência oficial MENA.

Os partidários de Mursi consideram que os poderes extraordinários atribuídos pelo decreto de 22 de novembro permitirão que o presidente inicie reformas indispensáveis no caminho para a democracia e terminarão com a adoção da nova Constituição, prevista para os próximos meses.

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