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Justiça do Zimbábue considera legal intervenção do exército

Intervenção do exército levou à renúncia do presidente Robert Mugabe na terça-feira (21) e deu ao país a chance de escrever novo capítulo da sua história

Emmerson Mnangagwa: Novo presidente do Zimbábue comemorou a posse (Siphiwe Sibeko/Reuters)

Emmerson Mnangagwa: Novo presidente do Zimbábue comemorou a posse (Siphiwe Sibeko/Reuters)

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AFP

Publicado em 25 de novembro de 2017 às 10h16.

A Justiça do Zimbábue considerou legal o golpe do Exército que levou à renúncia na terça-feira (21) do presidente Robert Mugabe, estimando que esta intervenção visou impedir pessoas não eleitas de ocupar funções eletivas.

"As ações das Forças de Defesa zimbabuenses destinadas a impedir que pessoas próximas ao ex-presidente Robert Mugabe usurpassem o poder foram constitucionais", estimou na sexta-feira (24) um tribunal de Harare, citado pela televisão nacional ZBC.

O tribunal foi acionado por dois cidadãos do Zimbábue, segundo ZBC.

Os militares assumiram o controle do país na noite de 14 a 15 de novembro para se opor à demissão do então vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que barrava o caminho da primeira-dama Grace Mugabe para a sucessão de seu marido.

Um porta-voz dos generais negou qualquer tentativa de golpe contra o governo, afirmando que sua operação destinava-se a eliminar "criminosos" da comitiva do chefe de Estado, neste caso, sua esposa Grace e seus apoiantes.

Posto sob prisão domiciliar, Robert Mugabe resistiu durante vários dias à pressão do exército, de seu partido e das rua, antes de apresentar sua renúncia na terça-feira, sob a ameaça de um processo de impeachment pelo Parlamento.

Após um breve exílio sul-africano, Emmerson Mnangagwa prestou sermão na sexta-feira (24) como presidente do país.

Em seu discurso de posse, prometeu restaurar a economia, combater a corrupção e que as eleições programadas para 2018 seriam "livres e justas".

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