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Justiça determina análise independente de documentos apreendidos na casa de Trump

A juíza deu a ambas as partes o prazo até sexta-feira para apresentar uma lista de candidatos para a tarefa que ordenou

Juíza Cannon atendeu ao pedido do ex-presidente republicano, ao proibir investigadores de utilizar os documentos apreendidos (Scott Olson/Getty Images)

Juíza Cannon atendeu ao pedido do ex-presidente republicano, ao proibir investigadores de utilizar os documentos apreendidos (Scott Olson/Getty Images)

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AFP

Publicado em 5 de setembro de 2022 às 17h48.

A juíza americana Aileen Cannon determinou a nomeação de um especialista independente para analisar os arquivos apreendidos em agosto pelo FBI na casa de Donald Trump, segundo um documento judicial divulgado nesta segunda-feira(5).

"Será designado um especialista para revisar a propriedade revistada, administrar as reivindicações de privilégio, fazer recomendações e avaliar os pedidos de devolução da propriedade", escreveu a juíza em sua ordem, vista como uma vitória para Trump em sua disputa legal.

Com esta decisão, a juíza Cannon atendeu ao pedido do ex-presidente republicano, ao proibir temporariamente os investigadores de utilizar os documentos apreendidos em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Os investigadores podem, no entanto, continuar revisando os documentos "para efeitos de classificação e análises de segurança", segundo o despacho da magistrada federal.

A juíza deu a ambas as partes o prazo até sexta-feira para apresentar uma lista de candidatos para a tarefa que ordenou.

"O governo está proibido temporariamente de revisar e usar de qualquer forma os materiais apreendidos na residência do demandante em 8 de agosto de 2022, com fins de investigação criminal, no aguardo da resolução do processo de revisão do especialista segundo determinação deste Tribunal", disse a ordem.

Segundo o Departamento de Justiça, durante a revista ao escritório pessoal de Trump foram encontrados documentos governamentais altamente classificados, incluídos alguns marcados como "ultrassecretos".

Uma lista detalhada das apreensões também mostrou que Trump reteve mais de 11 mil registros governamentais não classificados que, segundo ele, são seus, mas que legalmente pertencem aos Arquivos Nacionais.

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