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Justiça decidirá sobre extradição de Assange na quarta-feira

O fundador do WikiLeaks recorreu em março contra a decisão segundo a qual ele seria extraditado como suspeito de quatro crimes de agressão sexual

A detenção do australiano aconteceu após o início da divulgação pelo WikiLeaks de 250.000 telegramas confidenciais da diplomacia americana
 (Getty Images)

A detenção do australiano aconteceu após o início da divulgação pelo WikiLeaks de 250.000 telegramas confidenciais da diplomacia americana (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de outubro de 2011 às 08h56.

Londres - O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, conhecerá na quarta-feira a decisão sobre o recurso que apresentou para evitar sua extradição para a Suécia como suspeito de quatro crimes de agressão sexual.

"A Alta Corte emitirá o veredicto do caso à 9h45 (7h45 de Brasília) de quarta-feira 2 de novembro, quase quatro meses depois do pedido de revisão da apelação", afirma um comunicado oficial.

Assange, de 40 anos, recorreu no início de março contra a decisão emitida alguns dias antes pelo juiz de primeira instância Howard Riddle, que considerou que o australiano poderia ser extraditado para a Suécia.

Independente da decisão, o australiano ainda poderá recorrer à Suprema Corte.

A defesa de Assange questionou a proporcionalidade do pedido de extradição, já que não foram apresentadas acusações formais contra ele na Suécia pelos quatro supostos crimes de agressão sexual, incluindo um estupro, denunciados por duas mulheres durante o período que Assange passou no país em agosto de 2010.

Assange foi detido no fim do ano passado em Londres com base em uma ordem de prisão europeia. Depois de passar nove dias preso, o australiano está em liberdade condicional desde 16 de dezembro e vive na mansão de um amigo, que fica 200 km ao leste da capital, à espera de uma decisão judicial.

A detenção do australiano aconteceu após o início da divulgação pelo WikiLeaks de 250.000 telegramas confidenciais da diplomacia americana.

Os partidários de Assange denunciam que o caso tem motivações políticas e que a extradição para a Suécia seria apenas uma etapa antes da entrega aos Estados Unidos, país que estuda um meio de acusá-lo formalmente pelos vazamentos.

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