Mundo

Justiça da UE equipara pensões de casais homossexuais

A decisão pode ter repercussões para fundos de pensão e outros órgãos previdenciários em todos os 27 países da UE

Parada gay em Paris: a decisão da CEJ cria jurisprudência e deve ser aplicada em todos os Estados membros (Getty Images)

Parada gay em Paris: a decisão da CEJ cria jurisprudência e deve ser aplicada em todos os Estados membros (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2011 às 22h40.

Bruxelas - Casais homossexuais vivendo em união estável têm o direito às mesmas pensões estipuladas para outros casais casados, decidiu na terça-feira o principal tribunal europeu, numa sentença que pode ter profundo impacto sobre o setor previdenciário.

O caso havia sido remetido à Corte Europeia de Justiça por um tribunal trabalhista de Hamburgo, porque a prefeitura da cidade alemã havia negado a um funcionário administrativo, vivendo em união civil com um parceiro há mais de dez anos, um benefício tributário habitualmente concedido a pessoas casadas que se aposentam depois de pagarem previdência privada suplementar.

"Uma pensão suplementar por aposentadoria paga a um parceiro numa união civil, sendo menor do que a concedida num casamento, pode constituir uma discriminação por orientação sexual", disse a CEJ em sua sentença.

A decisão pode ter repercussões para fundos de pensão e outros órgãos previdenciários em todos os 27 países da UE, que agora seriam obrigados a conceder pensões mais elevadas ou mesmo retroativas a pessoas com união estável homossexual.

A corte disse que o peticionário havia pagado contribuições previdenciárias iguais às de seus colegas casados, e que teria recebido uma aposentadoria maior caso fosse casado com uma mulher.

A decisão da CEJ cria jurisprudência e deve ser aplicada em todos os Estados membros.

"As mesmas obrigações recaem tanto sobre parceiros registrados quanto para cônjuges casados", disse a sentença. "O direito ao tratamento igual pode ser reivindicado por um indivíduo contra uma autoridade local."

Acompanhe tudo sobre:DireitosEuropaGaysLegislaçãoLGBTPreconceitosUnião Europeia

Mais de Mundo

Oposição concorda com Maduro e diz que parte da Guiana pertence à Venezuela

Imigrantes recorrem ao WhatsApp para se anteciparem a ações de deportação nos EUA

Paraguai convoca embaixador do Brasil no país para explicar suposto monitoramento da Abin

Mais de 20 estados processam governo Trump por cortes bilionários em financiamento de Saúde