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Justiça da Pensilvânia acusa 300 padres de abusar de mais de mil menores

Maioria das vítimas era de meninos, e, segundo informe, alguns foram manipulados com álcool e pornografia

Igreja Católica: esta é considerada uma das investigações mais exaustivas sobre abuso sexual na instituição no país (Joe Klamar/AFP/AFP)

Igreja Católica: esta é considerada uma das investigações mais exaustivas sobre abuso sexual na instituição no país (Joe Klamar/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 18h13.

Uma ampla investigação judicial nos Estados Unidos encontrou evidências confiáveis contra mais de 300 padres abusadores e identificou mais de mil menores de idade, vítimas durante décadas de abuso sexual encoberto pela Igreja Católica na Pensilvânia.

"Acreditamos que o número real (de menores abusados, inclusive aqueles cujos dossiês se perderam ou que nunca denunciaram por medo) está nos milhares", destaca o relatório de 1.400 páginas sobre o abuso sexual de menores em todas as dioceses do estado de Pensilvânia, exceto duas.

A maioria das vítimas era de meninos e muitos estavam na pré-puberdade, e, segundo o informe, alguns foram manipulados com álcool e pornografia.

Outros foram tocados e violentados.

"Para muitas vítimas, este informe faz justiça", disse à imprensa o procurador geral da Pensilvânia, Josh Shapiro, ao informar sobre suas descobertas.

Shapiro indicou que a investigação, que durou 18 meses, revelou um "acobertamento sistemático" dos abusos por parte de funcionários eclesiásticos na Pensilvânia e no Vaticano.

"A partir do acobertamento, quase cada instância de abuso que encontramos é antiga demais para apresentar acusações", lamenta o informe.

Esta é considerada uma das investigações mais exaustivas sobre abuso sexual na Igreja católica americana e, segundo a imprensa local, contém nomes e detalhes nunca antes revelados.

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