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Justiça da Dinamarca acusará inventor de homicídio de jornalista

Justiça quer acusar Peter Madsen de homicídio pela morte da jornalista sueca Kim Wall, cujo corpo mutilado foi encontrado há três dias no mar

Kim foi vista pela última vez em 10 de agosto a bordo do submarino de fabricação caseira do inventor dinamarquês Peter Madsen, a quem iria entrevistar (Martin Sylvest/Reuters)

Kim foi vista pela última vez em 10 de agosto a bordo do submarino de fabricação caseira do inventor dinamarquês Peter Madsen, a quem iria entrevistar (Martin Sylvest/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de agosto de 2017 às 12h49.

Copenhague - O Ministério Público da Dinamarca admitiu nesta quinta-feira que quer mudar as acusações contra o inventor dinamarquês Peter Madsen e acusá-lo de homicídio pela morte da jornalista sueca Kim Wall, cujo corpo mutilado foi encontrado há três dias no mar ao sul de Copenhague.

Madsen, de 46 anos, permanece em prisão preventiva desde o dia 11 de agosto como suspeito de homicídio culposo com circunstâncias agravantes, após mudar sua versão inicial dos fatos e afirmar que Kim morreu em um acidente em seu submarino e que depois ele atirou seu cadáver no mar.

"A promotoria espera pedir ao tribunal até o dia 5 de setembro sua prisão por homicídio e suspender a acusação de vilipêndio a cadáver", disse nesta quinta-feira o promotor Jakob Buch-Jepsen à edição digital do jornal "BT".

Além disso, Buch-Jepsen revelou que nessa revisão será pedido que Madsen se submeta a um exame psiquiátrico.

Os testes de DNA confirmaram que o tronco humano encontrado é o de Kim, de 30 anos, anunciou ontem a polícia, que informou também que o corpo foi mutilado de forma deliberada e que apresenta ferimentos "que indicam uma tentativa de retirar o ar e os gases para que ele não chegasse à superfície".

A polícia continua procurando outras partes do corpo no litoral dinamarquês, assim como a roupa da jornalista.

Kim foi vista pela última vez em 10 de agosto a bordo do submarino de fabricação caseira do inventor dinamarquês Peter Madsen, a quem iria entrevistar.

O desaparecimento foi denunciado por seu namorado na madrugada do dia 11, horas depois de a jornalista embarcar aparelho, de quase 18 metros de comprimento e 40 toneladas.

Madsen reapareceu na sexta-feira de manhã na baía de Koge, no sudeste da capital, onde foi resgatado por marinheiros depois de a embarcação ter afundado.

A investigação policial confirmou depois que o naufrágio foi deliberado.

Madsen é conhecido por seus projetos de submarino e por ser o cofundador da firma Copenhagen Suborbitals, criada em 2008 com o objetivo de lançar algum dia ao espaço naves para um só passageiro.

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