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Justiça autoriza entrega do corpo de Videla a sua família

O ex-ditador argentino morreu sexta-feira passada na prisão onde cumpria prisão perpétua


	Em imagem mais recente, Jorge Videla, que comandou a Argentina durante a ditadura naquele país, é fotografado em um tribunal na província de Córdoba, onde foi convocado a depor em 2010
 (Marcos Brindicci / Reuters)

Em imagem mais recente, Jorge Videla, que comandou a Argentina durante a ditadura naquele país, é fotografado em um tribunal na província de Córdoba, onde foi convocado a depor em 2010 (Marcos Brindicci / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 12h50.

Buenos Aires - A Justiça argentina autorizou nesta terça-feira a entrega do corpo do ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla, que morreu sexta-feira passada na prisão onde cumpria prisão perpétua, a sua família, confirmou Adolfo Casabal Elia, advogado da família.

"Não vamos pedir novas provas periciais", assegurou Casabal Elia em declarações a uma rede de televisão local.

O advogado explicou que, embora a Justiça já tenha autorizado a entrega dos restos de Videla à família, após a autópsia, o corpo do ex-ditador não poderá ser retirado do necrotério "até cumprir todos os requisitos administrativos".

Sobre o lugar onde Videla será enterrado, Casabal Elia indicou que "a princípio a ideia é que seja enterrado em Mercedes", sua cidade natal, situada 100 quilômetros a oeste de Buenos Aires, embora "ainda não tenha sido definida".

Diante da possibilidade, a secretaria de Direitos Humanos do governo de Mercedes afixou ontem, nos arredores do cemitério, 22 cartazes com os nomes de desaparecidos durante a última ditadura na Argentina.

O diretor do espaço, Marcelo Melo, explicou à Agência Efe que o objetivo de pendurar os cartazes é "mostrar repúdio à possibilidade de que o corpo de Videla seja enterrado" na cidade.

Videla morreu na sexta-feira passada aos 87 anos em uma prisão da cidade na província de Buenos Aires de Marcos Paz, onde cumpria pena de prisão perpétua por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar (1976-1983). 

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