Mundo

Justiça argentina confirma prisão de ex-vice-presidente por corrupção

A justiça negou o pedido de revisão da pena, na qual Amado Boudou foi condenado pela compra irregular da gráfica de impressão de papel-moeda Ciccone

Boudou: o ex-vice foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e negociações incompatíveis com o exercício da função pública (/Marcos Brindicci/Reuters)

Boudou: o ex-vice foi condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e negociações incompatíveis com o exercício da função pública (/Marcos Brindicci/Reuters)

E

EFE

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 15h17.

Buenos Aires - A Justiça argentina confirmou nesta quarta-feira a pena ditada ao ex-vice-presidente Amado Boudou (2011-2015), condenado a 5 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e negociações incompatíveis com o exercício da função pública.

A Sala IV da Câmara Federal de Cassação Penal, composta pelos juízes Mariano Hernán Borinsky, Juan Carlos Gemignani e Gustavo Marcelo Hornos, declarou "inadmissível" o pedido de revisão de pensa da defesa, após a conclusão em 7 de agosto do julgamento no qual foi condenado pela compra irregular a gráfica de impressão de papel-moeda Ciccone.

Os magistrados também confirmaram a pena de 5 anos e meio de prisão para José María Núñez Carmona, considerado "partícipe necessário" desses crimes, e a de 4 anos e meio para Nicolás Ciccone, ex-dono da empresa e "autor criminalmente responsável" de corrupção ativa.

Estes três veredictos, publicados na página do Centro de Informação Judicial, coincidem com a decisão do Tribunal nº 4, que já tinha rejeitado as solicitações de libertação apresentadas pelas defesas, ao considerar que os recursos não apresentam "a devida fundamentação requerida".

Segundo o Tribunal, quando Boudou desempenhava a função de ministro de Economia em 2009, adquiriu junto ao seu sócio uma gráfica de impressão de papel-moeda que havia declarado falência - Ciccone Calcográfica - com o objetivo de imprimir notas e documentação oficial.

O ex-vice-presidente de Cristina Fernández (2007-2015), que foi detido em 7 de agosto após a leitura da sentença, se declara inocente e vítima de uma perseguição política por querer "transformar a realidade" do país, tal e como defendeu durante as suas alegações por escrito.

Em paralelo, Boudou é processado, além disso por, entre outros delitos, suposto enriquecimento ilícito mediante lavagem de dinheiro.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosCorrupçãoPrisõesArgentina

Mais de Mundo

Trump renova pedido de demissão de Lisa Cook, diretora do Fed

Suposto assassino de Kirk 'não está cooperando' nem confessou, diz governador de Utah

Devemos agir de acordo com o pensamento da 'Geração Z', diz nova primeira-ministra do Nepal

EUA e China retomam negociações em Madri com impasse sobre tarifas e futuro do TikTok