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Justiça alemã determina que parlamento chame Snowden para depor

Snowden não precisa necessariamente viajar a Berlim, mas os deputados dos partidos do governo não podem impedir que se ele seja formalmente citado

Snowden: o governo alemão defendeu até agora que não poderia garantir a segurança de Snowden, que é procurado pela Justiça americana

Snowden: o governo alemão defendeu até agora que não poderia garantir a segurança de Snowden, que é procurado pela Justiça americana

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EFE

Publicado em 21 de novembro de 2016 às 15h51.

Berlim - A Corte Suprema da Alemanha determinou, em sentença publicada nesta segunda-feira, que a comissão parlamentar que investiga as atividades da Agência de Segurança Nacional (NSA) no país deve convocar Edward Snowden para depor, em cumprimento ao pedido feito pela oposição.

Para fazer isso, Snowden não precisa necessariamente viajar a Berlim, mas os deputados dos partidos do governo não podem impedir que se ele seja formalmente citado.

Os representantes da oposição na comissão investigadora tinham solicitado o depoimento de Snowden, como testemunha, em maio de 2014.

Desde então, os partidos do governo alemão bloquearam a convocação e os partidos de oposição, A Esquerda e Os Verdes, apresentaram um recurso perante a Corte Suprema.

Agora, o Supremo determinou que enquanto o pedido for apoiado por um quarto da comissão investigadora ele deve ter seguimento.

Snowden é considerado a testemunha mais importante no trabalho dessa comissão investigadora, que foi criada justamente por conta de suas revelações que mostraram que o trabalho da NSA na Alemanha chegava aos telefones da chanceler, Angela Merkel.

O governo alemão defendeu até agora que não poderia garantir a segurança de Snowden, que é procurado pela Justiça americana, e que sua presença em Berlim poderia criar problemas diplomáticos.

Os partidos da coalizão de governo (conservadores e social-democratas), atendendo aos alertas do Executivo, propuseram como alternativa interrogar a Snowden em Moscou, onde está exilado, mas o ex-funcionário da NSA rejeitou a ideia e através de seu advogado disse que só irá testemunhar se puder viajar a Berlim.

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