Mundo

Juros têm queda com dólar, Treasuries e veículos

Os juros futuros começaram o dia em baixa influenciados pelo dólar e pelos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea)


	Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (70.790 contratos) estava na mínima de 10,26%
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (70.790 contratos) estava na mínima de 10,26% (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 16h15.

São Paulo - Os juros futuros encerraram o pregão em queda nesta terça-feira, 7, em linha com o dólar, com a baixa dos yields dos Treasuries e também influenciados pelos dados sobre a produção de veículos em dezembro, que indicam uma atividade econômica fraca no fim de 2013.

Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, a taxa do contrato de DI para julho de 2014 (70.790 contratos) estava na mínima de 10,26%, de 10,28% no ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2015 (215.190 contratos) marcava 10,53%, de 10,56% do ajuste desta segunda-feira, 6. Na ponta mais longa da curva a termo de juros, o DI para janeiro de 2017 (280.810 contratos) apontava mínima de 12,23%, de 12,33% na véspera. O DI para janeiro de 2021 (12.355 contratos) indicava taxa de 13,03%, ante 13,08% no ajuste anterior.

Os juros futuros começaram o dia em baixa influenciados pelo dólar e pelos dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que anunciou que a produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus somou 3,74 milhões em 2013, o que representa uma alta de 9,9% em relação a 2012 e um novo recorde para o setor.

Em dezembro, no entanto, a produção somou 235.858 unidades, o equivalente a uma queda de 18,6% na comparação com novembro e um recuo de 12,7% ante dezembro de 2012. Já as vendas acumularam um total de 3,77 milhões de unidades em 2013, um recuo de 0,9% na comparação com 2012, na primeira queda em dez anos.

De acordo com um operador de juros, os números da Anfavea são fracos e indicam uma produção industrial mais baixa em dezembro. "Já há preocupação com o carregamento disso para 2014", afirmou, atribuindo a queda dos DIs não só à depreciação da moeda dos Estados Unidos, mas também às perspectivas ruins para a atividade econômica.

O dólar à vista terminou a sessão cotado a R$ 2,3750, com queda de 0,08%, influenciado por uma captação externa da Petrobras. Segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a Petrobras captou € 3,05 bilhões e £ 600 milhões na emissão do primeiro bônus externo de uma companhia brasileira este ano, que foi dividido em quatro tranches.

Pela manhã, as taxas também repercutiam comentários feitos nesta segunda-feira pela agência de classificação de risco Moody's sobre a manutenção do rating (nota) brasileiro. A Moody's disse que o rating Baa2 do Brasil e a perspectiva "estável" levam em conta um crescimento fraco em 2014, perto de 2%.

Assim, se as projeções da agência se concretizarem, o País não deve ter a nota soberana cortada. No meio da tarde, porém, os receios com um rebaixamento voltaram com força, após o diretor responsável por ratings soberanos na Standard & Poor's, Joydeep Mukherji, afirmar que o Brasil pode ter a nota cortada antes das eleições deste ano. Os juros chegaram a reduzir o movimento de queda e a voltar para perto dos ajustes, mas tal comportamento foi apenas pontual.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mundo

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA

Eleições no Uruguai: 5 curiosidades sobre o país que vai às urnas no domingo