Fujimori cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes de corrupção e contra a humanidade (Koichi Kamoshida/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 11h11.
Brasília - Nos próximos dias, será definida no Peru a visita da junta médica para verificar se o ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), de 74 anos, deve receber o perdão presidencial e cumprir pena em casa. A família e aliados de Fujimori alegam que seu estado de saúde inspira cuidados, pois faz tratamento para combater um câncer de boca, e está em idade avançada. A decisão fica a cargo da ministra da Justiça, Eda Rivas.
A ministra disse que o tema não está entre as prioridades da Comissão de Perdões Presidenciais. Segundo ela, existem 4.549 pedidos de perdão e todos devem ser tratados da mesma maneira. "A questão do indulto a Fujimori é polêmico, mas a comissão não tem prioridades”, disse. Eda Rivas acrescentou que, a partir da análise da junta médica, serão feitas as recomendações.
Há cerca de três meses, o governo do Peru indicou não ter pressa para decidir se vai conceder o indulto a Fujimori. Em outubro, o primeiro-ministro peruano, Juan Jiménez, disse que não há prazos para definir o tema. Na ocasião, ele disse que o “governo do Peru tem muitos assuntos importantes a serem tratados".
O governo peruano recebeu vários pedidos de indulto encaminhados por diversos setores em favor de Fujimori. Todos os pedidos alegam que o estado de saúde do ex-presidente é grave. Fujimori cumpre pena de 25 anos de prisão por crimes de corrupção e contra a humanidade.
Ele é acusado também por um grupo de mulheres de esterilização forçada e sem consentimento, no período de 1996 a 2000, em diversas cidades peruanas, na região de Cuzco. Há indicações de que cerca de 300 mil mulheres tenham sido esterilizadas no período, por meio de ações do governo. Com informações da agência pública de notícias do Peru, Andina.