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Juncker: setor privado encarece reestruturação grega

Para presidente do Eurogrupo, mexer com credores privados é "brincar com fogo"

População fez protestos violentos durante a crise governamental na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

População fez protestos violentos durante a crise governamental na Grécia (Milos Bicanski/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2011 às 15h16.

Frankfurt - Um plano de envolver credores do setor privado na reestruturação da dívida soberana da Grécia é "brincar com fogo" e pode levar a um default de crédito com "consequências extremas" para a zona do euro, afirmou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, em uma entrevista publicada neste sábado no jornal alemão Sueddeutsche Zeitung. "Tudo será mais caro porque poderemos incluir credores privados por razões políticas na Alemanha", disse Juncker ao jornal.

Juncker alertou ainda que uma possível insolvência da Grécia pode se espalhar para Irlanda e Portugal, bem como Bélgica, Itália e Espanha, por causa de seus elevados níveis de dívida.

Juncker disse também que os bancos gregos exigirão um pacote de ajuda financeira adicional, no caso de uma reestruturação da dívida, uma vez que serão os mais severamente impactados.

A Alemanha admitiu ontem um plano para a Grécia envolvendo a participação do setor privado por meio da rolagem de dívida voluntária, em vez de uma proposta anteriormente apoiada por Berlim de trocar as dívidas existentes por títulos com prazos mais longos.

Neste sábado, a chanceler alemã, Angela Merkel, reforçou a intenção de ter uma ajuda "substancial" de credores privados na resolução da crise da dívida soberana da Grécia, informou a agência de notícias alemã DPA. As informações são da Dow Jones.

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