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Juncker espera propor liberar vistos com Ucrânia em abril

O político luxemburguês destacou as "reformas enormes" empreendidas por Kiev e, em particular, "à nomeação dos membros da agência ucraniana anticorrupção"


	Presidente ucraniano, Petro Poroshenko: "Temos o interesse compartilhado de tornar mais fácil para os cidadãos viajar para nossos países"
 (Tobias Schwarz/AFP)

Presidente ucraniano, Petro Poroshenko: "Temos o interesse compartilhado de tornar mais fácil para os cidadãos viajar para nossos países" (Tobias Schwarz/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 09h13.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, afirmou nesta quinta-feira que espera propor em abril a liberalização dos vistos com a Ucrânia, levando em conta as reformas realizadas nesse país.

"Estes passos dados pela Ucrânia permitirão à CE fazer a proposta para liberação de vistos em abril", confirmou Juncker em entrevista coletiva com o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que está em visita hoje em Bruxelas e que se reunirá mais tarde com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande.

O político luxemburguês destacou as "reformas enormes" empreendidas por Kiev e, em particular, "à nomeação dos membros da agência ucraniana anticorrupção".

"Temos o interesse compartilhado de tornar mais fácil para os cidadãos viajar para nossos países", indicou.

Em seu relatório final, de dezembro, sobre o plano de ação da Ucrânia para suprimir a necessidade de vistos, a CE considerou que esse país cumpria os requisitos para isso.

Por outro lado, ainda é necessária a proposta formal da Comissão, que segundo Juncker será enviada em abril para ser examinada pelo parlamento e pelo Conselho da UE.

O presidente comunitário também destacou a aprovação esta semana de outros 20 milhões de euros em assistência humanitária à Ucrânia, que "mostram nosso apoio contínuo na Ucrânia e ao processo de reformas", disse.

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, lembrou que amanhã completam três anos da "anexação ilegal" da península ucraniana da Crimeia da Rússia, e garantiu que a UE "continuará sem reconhecê-la".

Também indicou que a UE continuará seus esforços diplomáticos para que o pleno cumprimento do acordo de paz de Minsk no leste da Ucrânia e que o bloco europeu seguirá vinculando as sanções que impôs à Rússia à total implementação desse acordo.

Ao mesmo tempo, insistiu que a Rússia deve "libertar imediatamente" a piloto ucraniana Nadezhda Savchenko, acusada de envolvimento na morte de dois repórteres russos no leste da Ucrânia em junho de 2014.

Poroshenko destacou a boa relação com a UE, e o fato de se reunir com sua cúpula "a cada três meses, com a mesma regularidade que o Conselho Europeu".

Destacou as reformas feitas por seu país na luta contra a corrupção, na justiça e nos assuntos de interior, o que os levou a "conseguir os requisitos para a liberalização de vistos" com a UE.

Poroshenko, que esta semana retomou as consultas para formar uma nova coalizão de governo, afirmou que espera "conseguir uma solução" para a crise política nacional, mas destacou que "não haverá eleições parlamentares antecipadas".

A incapacidade de formar uma nova coalizão de governo após a ruptura, em fevereiro, da coalizão governante impede a Ucrânia de realizar mais reformas e adotar as medidas anticorrupção exigidas pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional para conceder a Kiev novos créditos para evitar que o país entre em moratória.

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