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Juncker diz a Merkel que UE precisa de governo alemão "forte"

Em conversa com a chanceler, o presidente da CE a parabenizou por sua "vitória histórica pela quarta vez consecutiva"

Jean-Claude Juncker: segundo ele, o novo governo alemão deve ser "capaz de dar forma ativamente ao futuro do nosso continente" (Eric Vidal/Reuters)

Jean-Claude Juncker: segundo ele, o novo governo alemão deve ser "capaz de dar forma ativamente ao futuro do nosso continente" (Eric Vidal/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 08h43.

Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 08h44.

Bruxelas - O presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, parabenizou nesta segunda-feira a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, por sua vitória nas eleições gerais, e afirmou que a União Europeia (UE) precisa "mais do que nunca" de um governo alemão "forte".

"A UE precisa, agora mais do que nunca, de um Governo alemão forte", indicou Juncker em uma carta enviada a Merkel, informou seu porta-voz Margaritis Schinas na entrevista coletiva diária do Executivo comunitário.

O porta-voz também indicou que Juncker conversou com a chanceler e a parabenizou por sua "vitória histórica pela quarta vez consecutiva".

O novo governo alemão deve ser "capaz de dar forma ativamente ao futuro do nosso continente", acrescentou o presidente da CE.

Juncker expressou, além disso, sua confiança que as negociações para a formação de um governo de coalizão "contribuirão para isso".

Perguntado sobre o auge da extrema-direita nas eleições alemãs, o porta-voz afirmou que "a CE tem fé na democracia".

Schinas lembrou que Juncker se pronunciou em várias ocasiões sobre "a necessidade de evitar a autocomplacência" e "distinguir entre aqueles que questionam nossas políticas dos que simplesmente querem destruir a UE".

Também falou sobre "dar respostas políticas às preocupações reais das pessoas frente ao discurso populista e explicar a Europa melhor".

O presidente do grupo dos Socialistas e Democratas na Eurocâmara, Gianni Pittella, também se pronunciou nesta segunda-feira sobre os resultados das eleições alemãs e agradeceu a Schulz pela "paixão" mostrada durante a campanha, que "infelizmente não foi suficiente".

Disse que agora começa "fase de renovação" no partido socialista alemão, que estará na oposição nesta legislatura, algo "em linha com o que decidimos fazer aqui no Parlamento Europeu".

O Escritório eleitoral federal forneceu hoje dados ainda provisórios segundo os quais a União Democrata-Cristã (CDU) de Merkel e sua aliada União Socialcristiana da Baviera (CSU) obtiveram 33% dos votos.

O Partido Social Democrata (SPD), liderado por Schulz, caiu para 20,5%, mais de cinco pontos abaixo das eleições gerais anteriores e o pior resultado da história da legenda.

A ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD) ficou com 12,6% e se tornou a terceira força política do país.

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