O atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius: promotores levaram 15 dias para expor seu caso contra o atleta (Herman Verwey/Pool/Reuters)
Da Redação
Publicado em 28 de março de 2014 às 08h22.
Pretória - O julgamento do atleta paralímpico sul-africano Oscar Pistorius por assassinato foi suspenso nesta sexta-feira até o dia 7 de abril, quando Pistorius deve falar em defesa própria na tentativa de provar sua inocência e evitar a prisão perpétua.
O juiz Thokozile Masipa adiou os procedimentos por mais de uma semana por conta da doença de um dos assistentes legais que sentavam ao seu lado durante o julgamento, um dos mais notórios da história da África do Sul.
Promotores levaram 15 dias para expor seu caso contra o atleta de 27 anos, argumentando que ele deliberadamente matou a namorada Reeva Steenkamp nas primeiras horas do Dia dos Namorados do ano passado na África do Sul ao disparar quatro tiros numa pistola 9 milímetros por uma porta de banheiro.
Vários vizinhos testemunharam ter ouvido gritos de horror de uma mulher antes dos disparos, contrariando a versão de Pistorius de que confundiu a namorada com um invasor que se escondeu no banheiro no meio da noite.
Se condenado por assassinato, Pistorius enfrentará pelo menos 25 anos de prisão.
Pistorius, que teve a parte de baixo das duas pernas amputada quando era bebê, ganhou fama como "o mais rápido homem sem pernas" e conquistou medalhas de ouro nas Paralímpiadas de Londres e Pequim.
Ele também venceu uma batalha contra autoridades do atletismo pelo direito de competir contra atletas que não são portadores de deficiência, tornando-se o primeiro velocista amputado a disputar a Olimpíada, ao chegar na semifinal dos 400 metros em Londres-2012.