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Julgamento de Mubarak é adiado para o dia 14 de setembro

Ex-presidente do Egito está sendo julgado pela morte de manifestantes na revolução que o tirou do poder em 2011 e por supostos crimes de corrupção

Soldados egípcios e médicos transportam o ex-presidente Hosni Mubarak após participar de uma audiência na periferia de Cairo (Muhammad Hamed/Reuters)

Soldados egípcios e médicos transportam o ex-presidente Hosni Mubarak após participar de uma audiência na periferia de Cairo (Muhammad Hamed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h18.

Cairo - O julgamento do ex-presidente do Egito, Hosni Mubarak, pela morte de manifestantes na revolução que o tirou do poder em 2011 e por supostos crimes de corrupção foi adiado para 14 de setembro.

Durante a sessão, o juiz Mahmoud al Rashidi ordenou a formação de três comitês técnicos que vão analisar separadamente os documentos relacionados com os diferentes casos.

Dessa forma, os analistas vão revisar as acusações sobre o uso de armas durante a revolta popular de 2011, o desvio de fundos públicos para construir e reformar as mansões particulares de Mubarak e a venda de gás para Israel por preços mais baixos que os de mercado.

Junto com Mubarak, seus dois filhos - Gamal e Alaa - e o empresário foragido Hussein Salem enfrentam acusações de corrupção e enriquecimento ilícito por esse último caso, enquanto o ex-ministro do Interior egípcio, Habib al Adli, e seis de seus auxiliares são acusados do assassinato de manifestantes.

Rashidi decidiu adiar o julgamento depois que o principal defensor de Mubarak, Farid al Dib, e outros advogados da acusação pediram mais tempo para estudar novas provas.

Por outro lado, o juiz rejeitou um pedido de Adli para sua libertação, por considerar que ainda não foi superado o período máximo de prisão preventiva.

À nova sessão do julgamento, realizada como de costume na Academia de Polícia no Cairo, Mubarak apareceu com óculos escuros e com bom aspecto junto com os outros acusados.

O ex-presidente foi transportado em um helicóptero desde o hospital militar do bairro de Maadi no Cairo, onde está em prisão domiciliar após ter excedido o tempo máximo de prisão preventiva e saído do centro de detenção na última quinta-feira.

O julgamento de Mubarak foi retomado após uma ordem de um tribunal de apelação em janeiro, que aceitou os recursos das partes e anulou a prisão perpétua ditada contra Mubarak e Adli pela morte de manifestantes.

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