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Julgamento de Harvard por suposta discriminação a asiáticos começa nos EUA

Organização de estudantes denunciou o favorecimento de alguns alunos em detrimento dos asiáticos no sistema de cotas do processo seletivo da instituição

Harvard: defesa da universidade afirma que estudantes asiáticos estão sendo usados para fins políticos (Brian Snyder/Reuters)

Harvard: defesa da universidade afirma que estudantes asiáticos estão sendo usados para fins políticos (Brian Snyder/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 18h45.

Washington - A Universidade de Harvard, que foi processada por uma organização de estudantes que denuncia o favorecimento de alguns alunos em detrimento dos asiáticos no sistema de cotas do processo seletivo da instituição, encarou o início do julgamento do caso nesta segunda-feira, 15.

A audiência foi realizada em um tribunal federal em Boston, no Estado americano de Massachusetts. Harvard foi apoiada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que hoje voltou a defender os processos seletivos da universidade.

"A SFFA (sigla em inglês da organização 'Estudantes por uma Admissão Justa') propagou um mito da minoria e utilizou os asiático-americanos - que sofrem com estereótipos raciais e discriminatórios, como todas as minorias - com motivos políticos", afirmou o diretor do programa de justiça racial da ACLU, Dennis Parker. "Esperamos que o tribunal considere este processo espúrio, como realmente é: um veículo para a agenda contra a discriminação positiva, e não uma luta legítima pela igualdade".

O caso consiste nas alegações de mais de 60 organizações asiático-americanas, que afirmam que as regras de admissão, que segundo a universidade pretendem garantir a diversidade no campus, prejudicam os alunos de origem asiática. Por esse motivo, a SFFA processou Harvard em 2014.

Em 2017, o governo dos Estados Unidos, com a chegada do presidente Donald Trump ao poder, iniciou uma investigação sobre o caso que segue em andamento e solicitou um julgamento em 30 de agosto.

O próprio governo lembrou há algumas semanas que a Suprema Corte reconhece a discriminação positiva em prol da integração até que não seja mais necessária e sempre com base em argumentação, o que o Departamento de Justiça diz não observar em Harvard.

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