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Julgamento de ex-presidente do Kosovo por crimes de guerra começa em Haia

A guerra do Kosovo, entre as forças sérvias e as forças pró-independência albanesa-kosovares, deixou 13.000 mortos, a maioria albaneses

O ex-presidente do Kosovo Hashim Thaçi durante julgamento em Haia (AFP/AFP Photo)

O ex-presidente do Kosovo Hashim Thaçi durante julgamento em Haia (AFP/AFP Photo)

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Agência de notícias

Publicado em 3 de abril de 2023 às 07h33.

O julgamento do ex-presidente kosovar Hashim Thaçi, acusado de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra de independência (1998-1999) contra as forças sérvias, começa nesta segunda-feira, 3, em um tribunal especial de Haia.

Thaçi, 54 anos, um ex-guerrilheiro do Exército de Libertação do Kosovo (ELK), se declarou inocente em novembro de 2020 durante sua primeira audiência no Tribunal Especial para o Kosovo (KSC).

Hashim Thaçi, que assumiu a presidência do país em 2016, renunciou depois de ser acusado pelo KSC ao lado de outros três suspeitos, que também são julgados pelo KSC.

Crimes de Guerra do Kosovo: assassinatos, tortura e perseguição

Os quatro são suspeitos de responsabilidade em quase 100 assassinatos, desaparecimentos forçados, perseguições e torturas, supostamente cometidos entre março de 1998 e setembro de 1999.

O julgamento "oferece às vítimas a oportunidade, depois de tantos anos, de saber o que aconteceu", destacou Hugh Williamson, diretor para Europa e Ásia Central da Human Rights Watch.

Thaçi, uma figura central da vida política do Kosovo durante duas décadas, defendeu sua inocência e acusa a justiça internacional de "reescrever a história". Porém, ele prometeu "colaborar estreitamente com a justiça".

A guerra do Kosovo, entre as forças sérvias e as forças pró-independência albanesa-kosovares, deixou 13.000 mortos, a maioria albaneses. O conflito acabou quando uma campanha ocidental de ataques aéreos em 1999 forçou a retirada das tropas sérvias.

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