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Julgamento contra Yulia Tymoshenko é adiado pela 8ª vez

Advogado da acusada pediu ao tribunal a suspensão temporária do processo até a recuperação do estado de saúde da líder opositora


	Tymoshenko: a opositora, condenada em outubro do ano passado a sete anos de prisão por abuso de poder, poderia ser sentenciada a até 12 anos de prisão
 (Andreas Rentz/Getty Images)

Tymoshenko: a opositora, condenada em outubro do ano passado a sete anos de prisão por abuso de poder, poderia ser sentenciada a até 12 anos de prisão (Andreas Rentz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 12h34.

Kiev - O segundo julgamento contra a ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Tymoshenko, que enfrenta acusações por desvio e evasão de impostos, foi adiado nesta terça-feira pela oitava vez até o dia 15 de outubro.

O tribunal Kievski de Kharkiv, cidade do nordeste da Ucrânia, "considera improcedente a audiência do caso à revelia da acusada (Yulia) Tymoshenko e da advogada Eugenia (Tymoshenko), filha e defensora da ex-chefe de governo", informou o juiz Konstantín Sadovski, citado pelas agências locais.

Sergei Vlásenko, outro advogado da acusada, pediu ao tribunal a suspensão temporária do processo até a recuperação do estado de saúde da líder opositora, que pela oitava vez se negou a comparecer à audiência.

No final de julho os médicos alemães que a examinaram recomendaram que Tymoshenko permanecesse em repouso durante, pelo menos, oito semanas para completar o tratamento de sua hérnia de disco.

Neste segundo processo judicial, Tymoshenko é acusada de endossar supostamente ao Estado uma dívida contraída pela corporação Sistemas Energéticos Unidos da Ucrânia com o Ministério de Defesa da Rússia no valor de US$ 405,5 milhões.

Segundo a acusação, Tymoshenko desviou fundos públicos em conivência com o então primeiro-ministro da Ucrânia, Pavel Lazarenko, entre 1997 e 1998, ao que se soma a evasão de impostos.

Tymoshenko, condenada em outubro do ano passado a sete anos de prisão por abuso de poder, poderia ser sentenciada a até 12 anos de prisão.

O segundo julgamento contra Tymoshenko pode não ser o último da ofensiva legal empreendida pelas autoridades ucranianas contra ela, já que a promotoria antecipou que em setembro acusará formalmente à opositora de cumplicidade em assassinato.

O promotor Renat Kuzmín assegurou à imprensa russa que tem provas que Tymoshenko está envolvida no assassinato do empresário Yevgueni Sherbán, ocorrido em 1996.

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