Mundo

Juízes do Conselho egípcio condicionam sua supervisão

No último dia 2 de dezembro, o Tribunal Constitucional egípcio decidiu suspender suas sessões até que se lhe permita trabalhar "sem pressões"

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 17h35.

Cairo - A principal associação de juízes do Conselho de Estado do Egito anunciou nesta segunda-feira que supervisionarão o referendo da Carta Magna do próximo dia 15 se os manifestantes deixarem de obstaculizar o trabalho do Tribunal Constitucional.

Hamdy Yassin, presidente do poderoso Clube de Juízes desse órgão encarregado da Justiça Administrativa do país, explicou à Agência Efe que pediram que os manifestantes se retirem dos arredores do Tribunal Constitucional.

"É inaceitável que (essa corte) esteja cercada por alguns arruaceiros, seja qual for o grupo ao qual pertencem", sustentou o chefe da formação de juízes, que condicionou a supervisão do plebiscito a que antes o Constitucional declare que pode seguir com seus trabalhos.

No último dia 2 de dezembro, o Tribunal Constitucional egípcio decidiu suspender suas sessões até que se lhe permita trabalhar "sem pressões", depois que os protestos impediram os magistrados de pronunciar-se sobre a validade da Assembleia Constituinte, que redigiu a nova Carta Magna.

Com o prédio rodeado de milhares de manifestantes islamitas, os juízes não conseguiram realizar a reunião prevista para estudar as denúncias que pedem a anulação dessa assembleia e da Shura (câmara alta do Parlamento).

Yassin destacou previamente em entrevista coletiva que os magistrados deixaram de lado suas diferenças e compartilham agora uma postura neutra, abstendo-se de julgar a legitimidade desse referendo.

Além disso, defendeu que o Tribunal Constitucional retome seu trabalho "sem intimidações nem terrorismo, e a fim de conseguir a soberania da lei e a independência da magistratura", em declarações recolhidas pela agência estatal de notícias "Mena".

No último dia 3, o Conselho Superior de Justiça do Egito, principal órgão do Governo da judicatura, e o Conselho de Estado anunciaram que supervisionarão a votação, enquanto o Clube de Juízes em nível nacional se negou a fazê-lo. 

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPolítica no BrasilProtestosÁfricaEgitoMohamed Mursi

Mais de Mundo

Governo Trump processará novos pedidos de DACA em cumprimento de ordem judicial

EUA vai taxar madeira em 10% e adia tarifas sobre móveis até 14 de outubro

Guterres aplaude plano de Trump para paz em Gaza e pede compromisso por acordo

Trump deve assinar novos acordos comerciais com países do Sudeste Asiático