Manafort: Manafort e Gates se declararam inocentes em um indiciamento de 12 acusações (Chip Somodevilla/Getty Images)
Reuters
Publicado em 6 de novembro de 2017 às 16h34.
Washington - Uma juíza norte-americana voltou a se recusar a suavizar as condições da fiança de Paul Manafort, ex-gerente de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de seu associado, Richard Gates, nesta segunda-feira, dizendo que eles ainda precisam fornecer mais informações financeiras.
A juíza Amy Berman Jackson disse estar preocupada com parte dos 12 milhões de dólares em bens que Manafort ofereceu como garantia para o tribunal suspender a prisão domiciliar e permitir que ele pare de usar um dispositivo de monitoramento eletrônico.
Manafort e Gates se declararam inocentes em um indiciamento de 12 acusações que é parte da investigação do conselheiro especial Robert Mueller sobre a suposta interferência da Rússia na eleição presidencial de 2016 e um conluio em potencial com associados de Trump.
Eles foram acusados de conspirar para lavar dinheiro, conspirar contra os EUA e deixar de se registrarem como agentes estrangeiros de um ex-governo pró-Moscou da Ucrânia.
A juíza disse estar especialmente preocupada com apólices de seguro de saúde que Manafort ofereceu como parte de um esforço para obter condições de fiança melhores.
As apólices, avaliadas em cerca de 4,5 milhões de dólares, estão em custódia e em nome de sua esposa, mas ter um parente como fiador, disse a juíza Jackson, "é muito problemático".
Qualquer pessoa nesta situação precisa providenciar detalhes sobre seus ativos e riscos, explicou.
Apólices de seguro de saúde em custódia tendem a ter muitas restrições e também podem ser sujeitas ao confisco de bens no caso de uma condenação, disse a juíza Jackson
"Muitos destes detalhes precisam ser explicados", afirmou.