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Juiz ordena que ex-presidente da Guatemala seja processado

Otto Pérez Molina será processado por seu suposto envolvimento em uma rede de corrupção


	O ex-presidente da Guatemala Otto Perez Molina
 (REUTERS/Jorge Dan Lopez)

O ex-presidente da Guatemala Otto Perez Molina (REUTERS/Jorge Dan Lopez)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2015 às 17h00.

Cidade da Guatemala - O ex-presidente da Guatemala, Otto Pérez Molina, será processado por seu suposto envolvimento em uma rede de corrupção que lhe obrigou a renunciar na semana passada para apresentar-se perante a Justiça.

Em uma audiência nesta terça-feira, o juiz Miguel Ángel Gálvez disse que era "prudente" decretar o auto de processamento de Pérez Molina, porque há "indícios razoavelmente suficientes" que estabelecem sua vinculação com a rede de corrupção.

Após o anúncio, o juiz ditou um recesso na audiência, que começou hoje às 9h (horário local, 12h de Brasília).

O juiz deve ainda pronunciar-se sobre se ordenará a prisão preventiva de Pérez Molina, que permanece sob prisão provisória, uma medida que ditou na quinta-feira passada para garantir a continuidade da audiência e preservar a vida do acusado.

O Ministério Público acusou na semana passada o ex-presidente dos delitos de formação de quadrilha, caso especial de defraudação aduaneira e suborno passivo, e pediu que fosse ligado ao processo.

Agora a procuradoria solicitou ao juiz que decrete prisão preventiva por entender que existe risco de fuga.

O Ministério Público e a Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (CICIG) assinalam Pérez Molina como um dos líderes de uma rede de corrupção no órgão arrecadador de impostos do país que foi desmantelada no último mês abril.

Por esse caso está em prisão preventiva a ex-vice-presidente Roxana Baldetti, que renunciou ao cargo em maio, e outras 27 pessoas entre funcionários e particulares.

A rede, que era operada pelo foragido Juan Carlos Monzòn, ex-secretário de Baldetti, teria se apoderado de pelo menos US$ 3,7 milhões por meio da defraudação aduaneira, segundo a acusação da procuradoria.

Texto atualizado às 17h00

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