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Garzón busca ação da ONU para vítimas de Franco

Ex-magistrado pediu uma comissão que pressione Madri a investigar o desaparecimento de 150 mil civis supostamente mortos pelas forças do ditador

Baltasar Garzon: "após 75 anos, já passa da hora de que nós, espanhóis, concordemos em dizer que algo de muito ruim aconteceu", disse (Juan Medina/Reuters)

Baltasar Garzon: "após 75 anos, já passa da hora de que nós, espanhóis, concordemos em dizer que algo de muito ruim aconteceu", disse (Juan Medina/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 19h27.

Genebra - O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón pediu na segunda-feira a uma comissão da ONU que pressione Madri a investigar o desaparecimento de 150 mil civis supostamente mortos pelas forças do ditador Francisco Franco entre 1936 e 1951.

Garzón - que teve suas investigações próprias interrompidas em 2008, depois de promotores reafirmarem uma anistia concedida em 1977, após a morte de Franco - se disse otimista de que a comissão irá atender ao seu apelo.

"Após 75 anos, já passa da hora de que nós, espanhóis, concordemos em dizer que algo de muito ruim aconteceu", disse Garzón, que ficou conhecido por seus malogrados esforços de levar o ex-ditador chileno Augusto Pinochet a julgamento na Espanha, depois de conseguir que ele fosse detido durante visita a Londres.

"O que acho muito assustador é a indiferença dos governos espanhóis e de toda a classe política com o destino das vítimas de Franco e o sofrimento de familiares que eles deixaram", afirmou.

A questão está nesta semana na pauta do Comitê de Desaparecimentos Forçados da ONU, em Genebra, que monitora o desempenho dos países sob uma convenção de 2010 que trata do tema. O documento foi ratificado por 40 países, inclusive a Espanha.

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